A Polícia Federal vai precisar de, no mínimo, mais 30 dias para terminar de colher os depoimentos e concluir a investigação dos documentos apreendidos no Banco Rural com nomes de pessoas que sacaram dinheiro das contas do empresário Marcos Valério.
A investigação é uma diligência do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem a guarda do inquérito que investiga o suposto esquema de mesadas pagas a parlamentares, o chamado "mensalão".
O prazo dado pelo Supremo termina na próxima terça-feira (9) e o delegado Luiz Flavio Zampronha, responsável pelas investigações, já adiantou que vai pedir mais prazo.
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Na segunda-feira, a Polícia encaminhará à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios o material apreendido nesta semana, nas residências de Geiza Dias e Simone Vasconcellos, funcionárias da agência de publicidade SMP&B, do empresário Marcos Valério, e nas duas empresas de Valério, a própria SMP&B e a DNA. Foram apreendidos computadores, agendas, balancetes e notas fiscais.
De acordo com o delegado André Luiz Epifânio, que também participa das investigações, chamou a atenção da Polícia o fato de as agendas só terem anotações a partir de julho deste ano e dos computadores aparentarem ser novos. Segundo a Polícia, as funcionárias alegaram que não há motivo para guardar agendas velhas. A Polícia explica que o fato, isoladamente, não constitui obstrução de provas.
Já os computadores estarem novos sugere a possibilidade de terem sido trocados. O material irá passar por perícia. Se for comprovada a troca de computadores, de HDs ou o sumiço de arquivos, o fato pode ser considerado destruição de provas, o que seria um motivo para pedir a prisão preventiva do empresário.