Em reunião da Executiva do Partido da Frente Liberal (PFL), hoje, o Partido divulgou nota oficial em que se afasta da base aliada do governo fernando henrique Cardoso. Veja a íntegra da nota oficial, assinada pelo presidente do partido e da Comissão Executiva Nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen:
No início de 1994 o deputado Luiz Eduardo Magalhães, o senador Marco Maciel, e o presidente Nacional do PFL, Jorge Bornhausen, procuraram, em nome do Partido da Frente Liberal (PFL), o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, para oferecer-lhe, antes mesmo do seu próprio partido, o apoio para disputar a Presidência da República. Desde então, em duas eleições sucessivas e durante mais de sete anos de administração o PFL deu ao governo do presidente Fernando Henrique o mais completo e irrestrito apoio político e parlamentar.
Estamos certos de que tivemos participação decisiva na transformação do Brasil. Desempenhamos um papel fundamental pela solidez e constância de nossa ação parlamentar nos períodos das grandes mudanças constitucionais.
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Ao aproximar-se a sucessão presidencial, o Partido considera que é seu dever lutar pela preservação das conquistas que já alcançamos e pela continuidade do esforço de ajustar a economia e o Estado brasileiro às realidades de um mundo em transformação, que exigem a máxima prioridade ao combate à pobreza e à diminuição das desigualdades.
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Para isso, sempre estivemos dispostos, com humildade nem sempre compreendida, a participar de alianças em torno de candidatura que fosse eleitoralmente viável. Para tanto, o nosso partido propôs a realização de primárias ou prévias conjuntas, com a participação dos pré-candidatos de todos os partidos aliados, oportunidade em que os seus filiados soberanamente escolheriam um nome que mais um vez os unisse na disputa eleitoral.
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Coerentes com isso, propusemos a pré-candidatura da governadora Roseana Sarney, na esperança de que suas qualidades pessoais e políticas sensibilizassem o eleitor brasileiro e em torno dela pudéssemos reeditar a atual aliança partidária.
Apesar da candidatura da governadora sinalizar uma hipótese efetiva de vitória eleitoral das forças da aliança, ela não mereceu o apoio da maioria dos dirigentes do PSDB, sequer para o estabelecimento de um critério de escolha futuro. A parceria leal que sempre oferecemos não nos obriga a apoiar um candidato, só porque é do partido do presidente da República.
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Nossa candidata foi agora vitima de insólita violência, com claras conseqüências políticas, agora com o intuito de fragilizá-la e até mesmo afastá-la da disputa.
O PFL considera que nos exageros e arbitrariedades da ação policial, de que foi vítima nossa candidata à Presidência da República, e na iniquidade dos vazamentos à imprensa, não houve a indispensável e pronta apuração dos abusos e ilegalidade por parte do ministro da Justiça. Desejamos, como a governadora Roseana Sarney, a apuração completa e transparente de tudo.
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Diante disso, concluimos que as razões politicas que sustentavam nossa aliança desapareceram, e que nossa presença no governo não mais se justifica.
Manifestamos nosso irrestrito e incondicional apoio à governadora Roseana Sarney e à sua candidatura à Presidência da República, que a cada momento mais se identifica com o sentimento popular.
Á Nação, queremos reafirmar que continuaremos no Congresso Nacional a apoiar todas as medidas legislativas que se harmonizem com as crenças que compartilhamos.
O PFL não votará contra o país. Seguiremos atuando com independência, e o senso de responsabilidade continuará a ser a marca dominante da nossa prática política.