O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse hoje (9) que a presidenta Dilma Rousseff não tratou ainda com o partido de como pretende redesenhar o modelo de relação política com o Congresso, desde a demissão de Antonio Palocci da Casa Civil, na terça-feira (7). A partir da indicação da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para o cargo, os peemedebistas têm se reunido permanentemente para discutir a situação e reivindicar participação no redesenho dessa relação entre governo e Congresso Nacional.
Eunício Oliveira afirmou ainda que o partido está tranquilo uma vez que não reivindica a indicação para a Secretaria de Relações Institucionais, atualmente ocupada pelo petista Luiz Sérgio (RJ). Entretanto, em uma eventual troca do ministro, o PMDB quer um nome "que tenha bom trânsito na relação com o partido e as demais legendas da base do governo".
O parlamentar destacou, por exemplo, que o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), é um parlamentar que sempre teve boa relação com os peemedebistas. "Ele sempre teve muita proximidade com o partido, e o PMDB não faria objeção ao nome dele".
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Por outro lado, Eunício Oliveira ressaltou que o partido também não faz qualquer objeção à permanência do atual ministro. "Ao [a presidenta Dilma Rousseff] escolher [um nome para o lugar do ministro] e se for escolher quero deixar claro que não fazemos restrições ao nome do Luiz Sérgio. Ela pode dar força a ele, por exemplo."
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), destacou que, independentemente de um reordenamento nas relações políticas com Congresso, a presidenta continuará à frente das articulações políticas com a sua base no Parlamento. "O presidente é insubstituível nessa parte de coordenação política e tomada de decisões", ressaltou o parlamentar.