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Eleições municipais

Polaridade entre Kireeff e Belinati vai predominar

Loriane Comeli - Equipe Folha
09 ago 2016 às 09:07

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- Divulgação
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Mesmo sem disputar a reeleição para a Prefeitura de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD) conseguiu unir, em torno de seu nome e de seu partido, outras cinco legendas, e, de longe, irá polarizar a campanha com o candidato Marcelo Belinati (PP), líder nas pesquisas preliminares de intenção de voto e o único remanescente da eleição de 2012, derrotado no segundo turno por Kireeff. "Há uma polaridade entre Kireeff e Belinati; tecnicismo de um lado e populismo do outro", resumiu o professor Clodomiro Bannwart, doutor do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Bannwart lembra que o PSD indicou o vice do PSDB do candidato Valter Orsi; o PSB, de Márcio Stamm, que foi chefe de Gabinete de Kireeff e tinha dele o apoio como pré-candidato, está apoiando o PPS, do candidato André Trindade; e Sandra Graça (PRB), que tem como vice o pedetista Marcos Urbaneja, é parte da base de apoio do prefeito na Câmara. "São seis partidos que não vão criticar o governo." E é um número bem maior do que Kireeff tinha em 2012: elegeu-se apenas com o PSD, recusando, inclusive, apoios formais de outras legendas no segundo turno.

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Elve Cenci, também professor da UEL e doutor em Filosofia, identifica entre os prefeituráveis aqueles que "querem ser Kireeff", que esperam a repetição do fenômeno de 2012, quando o atual prefeito saiu dos últimos lugares das pesquisas e sagrou-se vitorioso com o discurso técnico. "Há candidatos pouco conhecidos que esperam ser esta terceira via, ganhar robustez durante a campanha e ir para o segundo turno." É uma expectativa que faz sentido, segundo o professor, porque Londrina registrou este fenômeno também em 2000, com Nedson Micheleti (PT), e porque metade do eleitorado se recursa a votar no belinatismo.

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Bannwart cita quatro candidatos como aleatórios à polaridade governo e oposição: Luciano Odebrecht (PMN) e, mais à esquerda, Odarlone Orente (PT), Paulo Silva (PSOL) e Flávia Romagnoli (Rede). "Esses vão ter oportunidade de criticar os dois lados; vão estabelecer um contraponto interessante na campanha", assinalou. "Para mim, há uma distribuição mais equilibrada das siglas partidárias do que na eleição passada." Em 2012, Belinati aglutinou em torno de sua candidatura 18 partidos.

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Para o professor, ainda não estão claros os motivos pelos quais Kireeff deixa de disputar a reeleição, mas, sua postura indica coerência com as declarações prévias de que era contra a reeleição e de que não seria candidato. "A questão, agora, é saber qual o discurso que o Marcelo vai adotar: o discurso pós-Kireeff ou vai retomar a velha tática do discurso personalista, aparentando distância do tio e do partido de Ricardo Barros", sugeriu o professor.


Sobre a candidatura de Belinati, que este ano reúne apenas três partidos, Cenci identifica interesses de pessoas que não conseguiriam com candidatos próprios chegar ao governo e, por meio da aliança, esperam obter um nicho de poder, alguma secretaria. É o caso do PMDB e PTB. Em 2012, o PMDB lançou candidato próprio, mas, agora, após um racha, decidiu seguir com o PP; e PTB repete o posicionamento da última eleição municipal, de ficar ao lado de Belinati. "É uma relação antiga, uma vez que o presidente do partido (Alex Canziani) foi o vice-prefeito de (Antonio) Belinati", historia Cenci, referindo-se ao mandato entre 1997-2000, quando o tio de Marcelo acabou cassado por infração político-administrativa.

Há quatro anos, o PP de Marcelo Belinati tinha como importante aliado o PSDB do governador Beto Richa, mas, neste ano, o partido lançou o empresário Valter Orsi, que disputará um cargo público pela primeira vez, mas atua na vida política desde 2000, quando encabeçou o movimento para a cassação de Belinati. Presidente da Associação Comercial e Industrial (Acil) por dois mandatos, Orsi, no entanto, na avaliação de Cenci terá de responder pelo legado de Beto, como obras inacabadas e pedágio, por exemplo, que afetam diretamente Londrina. "Além de ter sua imagem muito associada aos interesses da Acil", arrematou Cenci.


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