O prefeito de Apucarana (Norte), Junior da Femac (PSD), teria agido para impedir a abertura de investigação pela Câmara Municipal contra o vice-presidente da Casa e aliado dele, Mauro Bertoli (União Brasil). Bertoli seria alvo de uma comissão para apurar uma denúncia de pedofilia.
É o que aponta um áudio vazado em que Femac pede a um outro vereador para que não seja aberta a apuração no Legislativo. O nome do parlamentar que teria recebido a gravação não foi divulgado. A acusação contra Bertoli já virou ação penal do Ministério Público.
No áudio, o prefeito afirma acreditar que Bertoli apenas recebeu o conteúdo e não o produziu. Aponta ainda a necessidade de que a comissão não seja criada.
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Promotores responsáveis pelo caso contaram à FOLHA que em 2020 investigavam possível crime eleitoral praticado pelo vereador. Em uma das diligências, o celular dele foi apreendido, mas o aparelho possuía materiais com pornografia infantil, o que gerou a abertura de outro procedimento.
Em nota, o Ministério Público informou que: "O caso foi objeto de investigação na 6ª Promotoria de Justiça de Apucarana, após a localização do material em busca e apreensão solicitada pelo Ministério Público Eleitoral da comarca, e atualmente a ação penal corre em segredo de justiça, o que impossibilita a disponibilização de outras informações".
LEIA A NOTA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE APUCARANA NA MATÉRIA DA FOLHA.