Os prefeitos que estão na Câmara reivindicando mudanças na reforma tributária foram impedidos de entrar no plenário pela segurança da Casa. Cerca de 100 prefeitos chegaram a tentar abrir a porta de vidro que dá acesso ao plenário, mas foram contidos por agentes da segurança interna que fizeram um cordão de isolamento.
Houve um princípio de tumulto. O presidente da Casa, João Paulo Cunha (PT-SP), permitiu que os prefeitos fiquem apenas nas galerias. O argumento dele é que o número de prefeitos é muito grande e poderia tumultuar a votação das emendas da reforma.
Os municípios já conseguiram R$ 3,7 bilhões com mudanças feitas na reforma porém defendem que precisam de mais R$ 7 bilhões para amenizar a crise financeira pela qual passam 70% das prefeituras do país. Como não puderam entrar no Plenário, os prefeitos permanecem no salão Verde, ao lado, gritando palavras de ordem e fazendo um apitasso.
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No final da manhã, eles chegaram, foram barrados na Câmara, porém puderam entrar pelo Senado. O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) foi quem intercedeu em favor dos prefeitos.
Ao entrarem, o tumulto foi grande, o que impediu o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de usar o elevador privativo quando deixava a Casa para um compromisso. Sarney teve de se dirigir à Câmara, por onde conseguiu acesso à chapelaria onde o motorista da presidência da Casa o aguardava.
Pouco antes da confusão, um grupo de prefeitos bateu boca com o vice líder do governo na Câmara, Professor Luizinho (PT-SP). Tudo começou quando, durante uma entrevista, Luizinho disse que as prefeituras que dependem dos recursos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) "não deveriam existir". Luizinho foi vaiado pelos prefeitos que o chamaram de "deputado transgênico".
Informações Folha Online