O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), apresentou nesta sexta-feira (12) um balanço dos primeiros cem dias de governo. Em pouco mais de três meses, a prioridade do Executivo esteva voltada para análise da situação em que a prefeitura foi deixada, aliada ao planejamento e desenvolvimento de estratégias. Segundo Kireeff, chegou a hora da ação. "O foco a partir de agora é enfrentar as deficiências. Foi elaborado o planejamento, começa a implementação. Isso não quer dizer que haverá solução em curto prazo", ponderou.
Foi apresentado um diagnóstico das medidas implantadas no início da administração, como o plano de eficiência administrativa, que prevê contingenciamento de 30% nos gastos públicos. Nos primeiros três meses, foram economizados R$ 51 milhões, superando a meta estabelecida. "Isso não quer dizer que está tranquilo. Temos um grande desafio até o final do ano", ponderou o prefeito.
Análise feita pelas secretarias mostram que há uma deficiência de 2.469 servidores. Os setores mais carentes são saúde e educação, que têm contratações previstas para este ano. Serão 432 vagas na saúde, conforme projeto enviado à Câmara nesta semana, mais 564 na educação, totalizando quase mil vagas, sendo uma parte apenas para reposição. Também há previsão de contratação de servidores ainda este ano para a procuradoria e gestão pública.
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Obras
Kireeff destacou os recursos obtidos junto ao governo federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) na área de mobilidade urbana. São R$ 126 milhões para o projeto de implantação do Bus Rapid Transit (BRT), com corredores ligando os setores Leste e Oeste, e Norte e Sul da cidade. Outros R$ 50 milhões serão investido em vias urbanas, incluindo o arco leste e implantação de ciclovias.
"Temos tido muito acesso aos recursos federais, apresentando projetos. Costumam comparar Londrina com Maringá. No PAC2 da Mobilidade Urbana, conseguimos R$ 240 milhões, Maringá conseguiu R$ 60 milhões. Isso demonstra que não há dificuldade para obtenção de recursos federais. É uma estratégia que assumimos. Alinhar políticas públicas municipais com programas federais e estaduais. Assim fica mais fácil conquistar recursos que nós não temos", analisou.
A coordenação dos projetos do PAC ficará a cargo da Codel.
O prefeito citou ainda a retomada de dez obras públicas que estavam paralisadas, entre elas a Praça da Juventude, o Centro de Convivência do Idoso (CCI) da zona oeste e uma creche na zona norte da cidade. "Quebramos uma tradição do prefeito deixar obras dos antecessores para trás. Era uma prática comum. Nós optamos pela estratégia de proteção aos recursos públicos".
Atração de invesimentos
O prefeito informou que há protocolado na Codel o interesse de 30 a 40 empresas em se instalarem ou ampliarem as atividades na cidade. No balanço, Kireeff citou a chegada da Compagás, que investe R$ 6,7 milhões na primeira rede de distribuição de gás natural na região, com seis quilômetros de extensão. "Mais do que um investimento, o resultado é infraestrutura e capacidade para atração de outras empresas".
Também foi lembrada a instalação da Atos, multinacional francesa de tecnologia da informação com projeto para até 600 empregos em Londrina. "É um perfil inédito de empresa na cidade, que representa um novo momento para o desenvolvimento econômico do município".