As recentes rebeliões em penitenciárias de diversos estados, como São Paulo, levaram autoridades e candidatos às eleições de outubro a se pronunciarem sobre a necessidade de uma reforma prisional e da adoção de medidas socioeducativas para reinserção social.
É um debate que acontece fora das prisões, nas campanhas políticas, e os presos também lutam para participar dele. No ano passado, foi lançada a campanha Voto do Preso pela União Solidariedade Cristã São Francisco de Assis (Uscafa), que recolheu 2.064 assinaturas no abaixo-assinado pedindo o direito ao voto.
No estudo "O Direito ao Voto do Preso", o coordenador da campanha e da organização não governamental Instituto de Acesso à Justiça, Rodrigo Puggina, afirma que "o sistema não regenera" presos.
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"A exclusão política é um fator de marginalização que conduziu também a essa resposta violenta dos presos", analisa o assessor jurídico da Pastoral Carcerária, José de Jesus Filho. A pastoral, ligada à Igreja Católica, é uma das organizações participantes da campanha. "O candidato não mostra muito interesse em visitar os presos justamente porque o preso não vota", explica.