O projeto de iniciativa popular que impede a venda da Copel pode ser votado pelos deputados estaduais próximo ao dia 10 de agosto. O projeto foi encaminhado à Assembléia Legislativa no dia 11 do mês passado pelo Fórum Popular Contra a Venda da Copel, e está sendo analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A privatização da estatal de energia está programada pelo governo do Estado para acontecer na última semana de outubro.
A oposição está tentando conseguir os 28 votos necessários para aprovar o projeto, derrubando a autorização concedida em 1998 para o governo vender a estatal. Segundo o líder do PMDB na Assembléia, Nereu Moura, as conversas com quatro deputados da base aliada evoluíram, e a bancada oposicionista, que contava com 24 votos, pode chegar aos 28. Moura prefere que os nomes dos deputados não sejam divulgados para "evitar o assédio e a retaliação do Palácio Iguaçu."
O líder do governo, Durval Amaral (PFL), calcula que conta com 31 votos. Ele está na Europa desde sexta-feira passada, mas antes de embarcar garantiu que terá os votos necessários quando a matéria chegar a plenário.
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A oposição tem interesse que o projeto vá a plenário no início de agosto porque precisará de tempo hábil para tentar derrubar o veto do governador Jaime Lerner (PFL). A Secretaria de Governo informa que o prazo para o chefe do Executivo vetar um projeto é de 15 dias úteis após o recebimento do texto. A votação para derrubada dos vetos do governador é secreta.
A versão do Palácio Iguaçu para justificar a privatização é que 70% dos recursos obtidos com a venda serão investidos na Paraná Previdência (o fundo de aposentadoria e pensão dos servidores), acabando com o déficit previdenciário de quase R$ 100 milhões mensais. A oposição não concorda, e alega que o governo quer cobrir rombos de caixa.