Seiscentos mil reais. Este é o tamanho da dívida que o Partido dos Trabalhadores acumulou durante as eleições municipais, ao tentar eleger o deputado estadual Ângelo Vanhoni para o cargo de prefeito de Curitiba. Os petistas agora correm atrás do dinheiro para cobrir o furo. A intenção é angariar fundos para quitar os débitos, por exemplo com gráficas, por meio das rifas de dois carros, cujo cada número está sendo vendido a R$ 150,00. Também, está planejada uma festa para o primeiro fim de semana do próximo mês. Mas, tudo isso não será suficiente. E, inclusive, não está descartada a hipótese de se contrair um empréstimo bancário, que seria quitado pelo partido e seus militantes.
"O diretório municipal do PT gastou R$ 1,5 milhão na campanha", disse um dos responsáveis da coordenação do partido, Elton Barz. A maior parte desse dinheiro veio de doações de profissionais liberais e foi gasto com a produção dos programas de rádio e televisão, que abocanhou 35% dos recursos totais. "Depois, vem pagamento com pessoal", afirmou, acrescentando que seriam responsáveis por mais 25% dos R$ 1,5 milhão.
Esses números detalhados serão entregues ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), no fim desse mês, quando se encerra o prazo de prestação de contas, dos candidatos que concorreram ao segundo turno em Curitiba. "O partido entrega a papelada de prestação de contas no último dia", avisou Barz. Porém, os credores do PT terão que esperar um pouco mais, afinal, o representante do partido informou que a quitação dos débitos deve demorar um pouco mais para ser zerada.
Leia mais:
Lula segue lúcido e caminha e se alimenta normalmente, diz boletim
Braga Netto entregou dinheiro em sacola de vinho para plano de matar autoridades, diz Moraes
Câmara de Londrina veta transposição do Vale dos Tucanos
Investigação sobre desvios em compra de vacina da Covid volta ao STF, e PGR analisa em segredo
Quanto às prestações de contas do prefeito reeleito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL), sua assessoria de imprensa disse que a documentação teria sido entregue ontem. No entanto, os valores gastos não foram divulgados. Extraoficialmente, Taniguchi teria desembolsado R$ 3 milhões para vencer o PT.
Já os demais candidatos que disputaram a penas o primeiro turno prestaram contas no fim de outubro. Maurício Requião (PMDB), terceiro colocado, gastou R$ 160 mil. O quarto colocado da disputa, Luiz Forte Netto (PSDB), desembolsou em torno de R$ 360 mil.