O PT e partidos da base aliada recuaram na segunda-feira (12) e decidiram não assinar a representação contra o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP), no Conselho de Ética.
Severino é acusado de entre fevereiro e novembro de 2003 ter recebido R$ 70 mil em parcelas mensais do empresário Sebastião Buani em troca da prorrogação dos negócios do restaurante Fiorella, que funciona no prédio da Câmara.
O Planalto defende abertamente as investigações envolvendo Severino, mas somente deverá apoiar a cassação ou afastamento do deputado caso surjam provas contra ele.
Leia mais:
Câmara de Cambé poderá aumentar número de cadeiras a partir de 2029
Vereadores aprovam projeto de lei para receber 13° salário em Cambé
Assembleia Legislativa recebe oito mil sugestões de paranaenses para orçamento
Câmara de Londrina vota nesta terça-feira Projeto de Lei que atualiza parcelamento do solo
A primeira evidência foi apresentada por Buani nesta segunda-feira. Cópia de extrato bancário do empresário registra o saque de um cheque de R$ 40 mil no dia 4 de abril de 2002. A data é a mesma do documento supostamente assinado pelo deputado Severino Cavalcanti, que prorroga a licença de funcionamento de um restaurante na Câmara dos Deputados.
Menos de 24 horas depois de o presidente da Câmara classificar de ''fraudulento'' o documento de prorrogação do contrato, cópia do extrato bancário foi apresentada à Polícia Federal pelo dono de restaurante. O extrato mostra que o cheque não foi à compensação bancária, e o dinheiro foi sacado no caixa do banco.
Nesta terça-feira (13) Buani pretende apresentar cópia de cheque do Bradesco supostamente descontada por um motorista de Severino Cavalcanti, no valor aproximado de R$ 7 mil, como pagamento do suposto "mensalinho" ao parlamentar em troca da prorrogação de contrato de concessão do restaurante Fiorella.
Fonte: Terra e Folhapress