O PT deverá punir seus deputados que votaram contra ou se abstiveram da votação em primeiro turno da reforma da Previdência, ocorrida na madrugada da última quinta-feira (7) na Câmara. O texto foi aprovado por 358 votos favoráveis e 126 contrários, além de nove abstenções. Dessas, oito foram de petistas.
Após a votação, o presidente do PT, José Genoino, afirmou que os três deputados que votaram contra a reforma --Babá (PA), Luciana Genro (RS) e João Fontes (SE)-- "não tinham mais laços com o partido" e somente uma "questão formal" ainda os mantinham filiados à legenda. Os três já foram afastados da bancada, respondem a processo no conselho de ética e devem ser expulsos da sigla no início de setembro.
Oito deputados da esquerda do PT que se abstiveram também devem ser punidos, mas segundo Genoino, devido à "história política" deles, a sanção será mais branda.
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Os oito dissidentes do PT que se abstiveram foram Orlando Fantazzini (SP), o ex-líder Walter Pinheiro (BA), Ivan Valente (SP), Maninha (DF), João Alfredo (CE), Chico Alencar (RJ), Paulo Rubem (PE) e Mauro Passos (SC).
Além dos petistas, o outro deputado que se absteve na votação foi o peemedebista Raul Jungmann (PE), contabilizando nove abstenções ao todo.
O grupo argumentou que pontos da reforma, como a cobrança de inativos, sempre foram combatidos pelo PT e não constavam do programa de governo de Lula. Informações Folha Online