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Reforma economizará R$ 15 mi ao mês

Maria Duarte - Folha do Paraná
03 jul 2001 às 08:51

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A reforma administrativa prometida pelo governador Jaime Lerner (PFL) à base de sustentação na Assembléia Legislativa pode render economia mensal de R$ 15 milhões aos cofres públicos, caso seja aceita a sugestão dos deputados aliados de reduzir de 27 para 12 o número de secretarias. O cálculo está nas mãos do primeiro-secretário da Assembléia e ex-líder do governo, Valdir Rossoni (PTB). A mudança, planejada há três meses, pode ser anunciada no início de agosto.

O enxugamento da máquina está sendo planejado pelo próprio governador que, desta vez, preferiu não dividir a tarefa com seu secretariado. Assim que desembarcar de volta dos Estados Unidos, no próximo dia 14, a preocupação de Lerner estará nos arremates finais da reforma - uma das condições impostas pela bancada aliada para garantir apoio ao governador.

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Os deputados argumentam que Lerner precisa tomar medidas drásticas, promovendo cortes profundos na estrutura do Estado, como forma de recuperar popularidade - prejudicada pelo projeto de venda da Copel. A base governista está fragilizada por causa da falta de recursos do Estado, que não tem condições de liberar dinheiro aos municípios. A polêmica em torno da venda da Copel contribuiu para debilitar ainda mais a bancada. Diversos aliados estão contra a privatização, considerado o principal projeto de Lerner. A reforma tem dado trabalho ao governador. "Corta de um lado, complica de outro. Vai ser impossível agradar a gregos e troianos", disse ontem uma fonte no Palácio Iguaçu. As mudanças que o governador for anunciar terão que ser aprovadas pela Assembléia Legislativa.

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Os parlamentares dizem que estão dispostos a perder cargos no interior por conta da extinção de núcleos das pastas. Em termos gerais, as alterações concebidas pelo governador vão cortar e fundir secretarias, além de promover demissões. Lerner vai implantar um Plano de Demissões Voluntárias (PDV) para enxugar o quadro do funcionalismo. O Palácio Iguaçu estima que 32 mil dos 132 mil servidores na ativa devem aderir. O governo garante que o PDV não vai reduzir pessoal nas áreas essencias (saúde, educação, segurança).


As mudanças na máquina fazem parte de um plano de saneamento das finanças. A economia obtida vai depender do ritmo de implementação da reforma. O governo divulga que o maior problema está no déficit previdenciário, de R$ 100 milhões mensais. Outro ponto fraco está na folha de pessoal. O Paraná só vai conseguir respeitar o limite de gastos com a folha estipulados pelo Tesouro Nacional e pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) em 2003, de acordo com os cálculos da Secretaria de Administração. Hoje, o Estado compromete 66% com o funcionalismo. O teto é 60% da receita líquida. Os servidores públicos estão há seis anos sem reposição salarial.

Lerner vai adotar como prática usual as férias coletivas compulsórias (que economizaram R$ 9 milhões em 11 dias, segundo o Palácio Iguaçu). As próximas férias vão durar, a princípio, de 26 de dezembro a 11 de janeiro. O turno único do funcionalismo, implantado em fevereiro, deve poupar R$ 20 milhões/ano.


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