Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Na CPMI

Relator diz que Banestado era lavanderia de dinheiro

Bonde, com informações da Agência Brasil
12 ago 2003 às 13:54

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O Banestado (Banco do Estado do Paraná) transformou-se, nos últimos dez anos, "numa grande lavanderia de dinheiro, permitindo todo tipo de falcatruas", segundo disse, na manhã desta terça-feira, em depoimento perante à CPI Mista do Banestado, o relator de uma CPI de idêntico objetivo da Assembléia Legislativa do Paraná, deputado estadual Mário Sérgio Bradock.

Também depôs perante à CPI o presidente da comissão estadual, deputado Neivo Beraldin. Após os depoimentos dos dois deputados paranaenses, a CPI Mista realizou reunião secreta, para que seus membros tomassem conhecimento de documentos protegidos pelo sigilo bancário.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


No seu depoimento, o deputado Mário Sérgio Bradock disse que as irregularidades e más gestões cometidas no Banestado foram "atitudes premeditadas, que objetivavam, na verdade, à privatização do banco, o que terminou sendo feito". Para o deputado, outras ações, como a sub-avaliação de imóveis pertencentes ao banco, teriam sido adotadas intencionalmente, para que o banco quebrasse e pudesse ser vendido a baixo preço. Após a verdadeira "quebradeira" do banco, o Banco Central emprestou R$ 5 bilhões para possibilitar seu saneamento financeiro, e o Banestado foi vendido, depois, ao Banco Itaú, por R$ 1,6 bilhão.

Leia mais:

Imagem de destaque
Eleições de 2026

Indiciamento de Bolsonaro alavanca outras candidaturas de direita no Brasil

Imagem de destaque
Não há substitutos

Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026

Imagem de destaque
Após reforma

Sede da Câmara de Londrina será entregue dia 10 e vai receber posse, diz presidente

Imagem de destaque
Pelo menos R$ 800 mil

Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina


Ainda segundo Mário Sérgio Bradock, "as gestões absurdas foram acompanhadas de uma grande fragilidade na contabilidade do Banestado, que não sofria nenhuma fiscalização por parte do Banco Central". Todo o controle do banco ficava a cargo de apenas uma pessoa, o ex-gerente Eraldo Ferreira, já ouvido pela CPI estadual, e que forneceu detalhes sobre as operações irregulares.


Complementando as informações do relator da CPI estadual, o presidente da comissão, Neivo Beraldin, disse que o ex-gerente Eraldo Ferreira será capaz de revelar "todo o esquema de lavagem de dinheiro e de subfaturamento de exportações, que existiu no Banestado desde 1993". Eraldo Ferreira será ouvido pela CPI Mista do Banestado no próximo dia 22, juntamente com os ex-gerentes do banco nas Ilhas Cayman, Ricardo Franckyck, de Nova York, Hércio Santos, e de Foz do Iguaçu, Valdir Perin.

Neivo Beraldin revelou que a CPI estadual possui, em CD-ROM, toda a movimentação do Banestado entre 1996 e 1999, sendo preciso apenas que os dados sejam cruzados com as informações da Receita Federal para se constatar, segundo ele, "essa situação de crime de lesa-pátria", que foram as remessas ilegais de dólares por meio de contas CC-5.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo