Os dois principais candidatos ao governo do Estado, senadores Alvaro Dias (PDT) e Roberto Requião (PDT), têm telhado de vidro. Dois graves episódios envolvendo a Polícia Militar marcaram suas administrações, que foram de 1987 a 1990, e de 1991 a 1994, respectivamente.
O confronto da PM com um grupo de professores, em frente ao Palácio Iguaçu em 1988, desgatou o governo Alvaro. A morte de um líder sem-terra em 1993, no interior do Estado, o de Requião. Os acontecimentos já estão sendo ressuscitados pelos adversários dos dois mais fortes candidatos nestas eleições.
Ontem, o caso Teixeirinha voltou à cena durante uma audiência pública de professores estaduais na Assembléia Legislativa. Cerca de 40 pessoas empunharam 18 faixas pedindo ''Justiça'' pela morte do líder sem-terra. Entre as inscrições das faixas destacaram-se três: ''Quem mandou matar o Teixeirinha?'', ''Família de Teixeirinha exige Justiça'' e ''Tribunal da OEA (Organização dos Estados Americanos) condenou os mandantes do assassinato de Teixeirinha''.
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Na semana passada, a APP-Sindicato, entidade que representa os professores no Estado, anunciou interesse em promover um debate entre os candidatos para falar sobre educação, no dia 15. Alvaro Dias foi convidado e confirmou presença.
O confronto da PM com os professores aconteceu no dia 30 de agosto de 1988. Cerca de 10 mil professores, pais, alunos e funcionários da Educação faziam uma passeata que saiu da Praça Rui Barbosa em direção ao Palácio Iguaçu.
Na frente da prefeitura houve o primeiro incidente, e o carro de som da APP que abria o protesto foi parado. O professor que dirigia o carro teve seus olhos atingidos por gás lacrimogênio. A passeata seguiu em frente e ao chegar ao Palácio os policiais já aguardaram com cães e cassetetes. A cavalaria também estava presente.
Leia a reportagem completa na Folha de Londrina desta quarta-feira.