Os senadores Roberto Requião (PMDB) e Osmar Dias (sem partido) deverão apresentar, nesta terça-feira, no Senado Federal um requerimento solicitando urgência na tramitação do projeto do senador Roberto Freire (PPS-PE) que impede a privatização de empresas públicas de geração e transmissão de energia elétrica sem a prévia realização de plebiscito popular. O projeto foi aprovado por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e atualmente está tramitando na Comissão de Economia. "Apresentando o requerimento, acredito que em 30 dias teremos a aprovação do projeto no Senado e na Câmara Federal", afirmou Requião.
Os senadores também começarão a coletar assinaturas para a realização de uma CPI mista no Congresso Nacional para investigar todo o processo de privatização da Copel e a suposta compra de votos de parlamentares. "Alguém pode me perguntar se este não seria um assunto estadual. Ele é federal também. Porque energia é uma concessão federal", defendeu Requião. "Eu apóio toda e qualquer CPI no Congresso Nacional. O PSDB Nacional parece ter medo de CPI. Nós não temos", afirmou Osmar Dias, que deixou o partido após sua assinatura no requerimento que pedia a instalação da CPI da Corrupção.
A bancada estadual do PMDB também pedirá a formação de uma CPI na Assembléia Legislativa. Os deputados peemedebistas estão preocupados com a troca de votos antes do período de votação. "Acho suspeito o que aconteceu com o Litro, com o Moysés Leônidas, com o Chico Noroeste, com o Sérgio Spada. Os deputados do PMDB querem investigar as denúncias de corrupção e venda de votos que recebemos no diretório estadual", acrescentou Requião.
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Litro era a favor do projeto popular contra a venda da Copel e revelou que havia mudado de postura na última terça-feira. Ele teve problemas coronarianos e foi internado no Hospital Vita, onde permaneceu até domingo. Leônidas confessou trocar seu voto por obras que ele considerou como importantes para a região de Londrina. Chico Noroeste, que deu apoio ao projeto de iniciativa popular, teria ficado desaparecido por três dias para negociar com o governo do Estado.
O PMDB Estadual abriu as portas para alianças amplas com partidos de oposição. "Vamos apostar agora numa aliança de oposições. Chega de tentar fazer oposição isolada. Somos vários partidos, mostramos nossa força e vamos nos unir para garantir o governo do Estado nas eleições do ano que vem", disse Requião, presidente regional do PMDB.