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Projetos do governo

Requião fala com entusiasmo do seu governo na Folha

Redação - Bonde
21 jan 2004 às 17:22

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O governador Roberto Requião esteve em Londrina e visitou a Folha, nesta terça-feira, acompanhado do prefeito Nedson Micheletti, da deputada estadual Elza Corrêa e de assessores dele. Foram recebidos por José Eduardo de Andrade Vieira e João Milanez e conversaram animadamente durante uma hora e meia. O jornalista Oswaldo Militão, que acompanhou o encontro, destaca os principais assuntos abordados:

Vai desapropriar e retomar

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Sempre de jeans azul, que parece ser sua cor preferida e lhe tem dado muita sorte, Requião fez um restrospecto da vida econômica do Paraná e do Brasil. Voltou a dizer que desde o primeiro dia de mandato está empenhado em moralizar atos da atividade pública estadual, combatendo as falcatruas e malandragens encontradas em negócios realizados pelo Governo.

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Repetiu que vai mesmo desapropriar empresas de pedágio, conforme decreto assinado. E espera baixar os preços em pelo menos 30 por cento do que é cobrado atualmente. Afirmou que pretende retomar a Ferroeste, que teve um pedaço privatizada pelo Governo Lerner. Quer saber o que o Itaú fez com vários milhões de reais que o Governo pagou para este banco indenizar funcionários do Banestado.

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O preço da soja pura


Confirmou que o plantio de soja transgênica está proibida no Paraná, bem como a sua exportação pelo porto de Paranaguá, para onde seguiu após a visita à Folha. Para o governador, quem tiver soja transgênica, que exporte por Santos ou pelo porto de São Francisco.

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O Paraguai continuará exportando por Paranaguá, porque não produz soja transgênica. Requião acha que a soja comum pura valerá de 20 a 50 dólares a mais por tonelada no mercado europeu. E com a transgênica é baixar a qualidade e perder dinheiro.



Concretar ruas de Paranaguá

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Ainda em Paranaguá, o Governador autorizou a licitação para concretar o porto e ruas da cidade onde caminhões trafegam e liquidam com a duração do asfalto. É a contribuição dele para solucionar de vez o problema com as enchentes que sempre prejudicam a população daquela cidade. E disse que conseguirá reduzir o custo em alguns milhões de reais comprando o concreto à granel, ao invés de sacas, como era feito.


‘Pegamos o Porto de Paranaguá falido’, disse ‘e meu irmão Eduardo informou que terminou o ano com 160 milhões no caixa!’. Voltando à zona rural, Requião diz que há como fiscalizar o plantio da soja nas 100 mil propriedades paranaenses e acha que não haverá problemas com os produtores rurais.

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No avião para a India


Foi ao presidente Lula e quer uma recompensa para os cofres do Estados pelo ICMS que o Paraná perde na venda do papel pelas fábricas daqui. Já que os industriais de papel de outros países, que vendem para o Brasil, só levam vantagens daqui.

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E na viagem para India, sexta-feira, na delegação oficial do presidente Lula, Roberto Requião vai dizer à ministra Dilma Roussef, que não concorda com a política dela, em comprar o megawat da energia do Paraná por 5 dólares e revender, via ‘pool’ para os paranaenses por duas vezes mais. Essa será outra ‘briga boa’ em benefício da população estadual.


Vai aumentar o capital da Sanepar

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Disse-me que vai aumentar o capital da Sanepar em 400 milhões de reais. O capital particular é bem vindo, mas a Copel e Sanepar devem sempre estar no comando do que administram. Quer baixar o preço da água e do esgoto para o povão.


Sobre o gás, diz que não sabe a razão pela qual o governo anterior gastou 20 milhões de dólares só com consultoria sobre o projeto de compra do gás boliviano. E adiantou que vai homenagear os jornalistas Rui Mesquita e Luis Frias ( fundadores dos jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo ) dando seus nomes aos dois primeiros pedágios que desapropriar.



As eleições municipais

Por fim, disse que conversou muito com o presidente Lula e com o ministro José Dirceu sobre as eleições municipais no Paraná. Na terça-feira falou com o prefeito Nedson Micheletti a respeito, tudo no sentido de obter sucesso no próximo pleito. E deu o recado: o ideal é fazer coligação.


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