Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Sem folga

Requião quer acabar com os feriados municipais

Catarina Scortecci - Folha de Londrina
10 set 2009 às 12:45

Compartilhar notícia

Se o projeto for aprovado, servidores estaduais de todo o estado perderão a folga nos feriados municipais - Arnaldo Alves/AEN
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Um projeto de lei de autoria do governador Roberto Requião (PMDB) abre uma polêmica entre os servidores do Estado. Pela proposta, já enviada para a Assembleia Legislativa, os servidores estaduais, independente da cidade onde atuam, não terão direito a feriado municipal.

O projeto de lei surge na esteira do imbróglio que se formou no feriado do último dia 8 em Curitiba, quando os servidores estaduais que trabalham na cidade foram obrigados a trabalhar. Dia 8 é feriado em Curitiba porque é dia da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Luz. Servidores ligados a empresas públicas - como Sanepar e Copel, por exemplo - conseguiram manter o direito à folga através de uma liminar obtida na esfera do Judiciário.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


As escolas estaduais que já tinham previsto no calendário o feriado do dia 8 também não acataram a determinação do governador Requião. Os demais servidores, contudo, tiveram que voltar mais cedo ao trabalho, logo após o feriado nacional do dia 7.

Leia mais:

Imagem de destaque
Inelegível

Bolsonaro é plano A, posso ser o plano B, diz Eduardo sobre eleição de 2026

Imagem de destaque
Na Assembleia Legislativa

Comissão de Constituição e Justiça aprova projeto que transforma Detran em autarquia

Imagem de destaque
Benefícios financeiros

Plano de precatórios garante economia milionária para Londrina

Imagem de destaque
Empresa pediu aditivo

Reforma da Câmara Municipal de Londrina deverá ser entregue somente em 2025


Pelo projeto de lei, fica definido que o ''Estado do Paraná somente respeitará os feriados estaduais e nacionais''. A lei entraria em vigor na data da sua publicação. Na justificativa assinada pelo governador Requião, e que acompanha o projeto de lei, consta que ''a administração pública estadual não deve seguir os feriados e comemorações de âmbito municipal, tendo em vista que o Estado do Paraná é composto de 399 municípios, cada um com suas peculiaridades, mas que necessitam de atendimento isonômico por parte do Governo do Paraná, em especial o atendimento de serviços essenciais como saúde, segurança, educação, entre outros''. ''Não é possível imaginar que a administração pública estadual deve ser paralisada por conta de feriados e comemorações no âmbito de cada município do Estado'', continua a justificativa.

Publicidade


Em entrevista à reportagem, a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores da Saúde do Estado do Paraná (Sindsaúde/PR), Mari Elaine Rodella, disse que o governo do Estado deveria ''se preocupar com coisas mais relevantes''. ''Não é um dia de feriado que faz a diferença. Se o governador Requião quer acabar com a 'folia' do serviço público, como ele mesmo chamou o feriado, ele está mirando para o lado errado. Por que ele não acaba com a 'folia' dos cargos? Há um excesso de gente sem competência ocupando cargos de chefia só por indicação política. Feriado é o menor dos problemas'', afirmou ela. ''Os serviços considerados essenciais são mantidos pelas equipes de plantão'', reforça ela.


Elaine acrescenta que conta agora com a abertura de um debate na Assembleia Legislativa para tratar do projeto de lei e que os custos da proposta também devem ser discutidos. Em função do feriado do dia 8 em Curitiba, o Sindsaúde/PR pediu ao Judiciário que o Estado seja obrigado a pagar o acréscimo da hora trabalhada em 100%.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP Sindicato), Marlei Fernandes de Carvalho, disse à Reportagem que a proposta do governador Requião é ''indevida'': ''Mesmo sendo servidores estaduais, as pessoas também são munícipes. Fico imaginando como é que elas vão traballhar quando a cidade estiver toda paralisada''. ''Não tem motivo para tomar uma atitude drástica. O projeto de lei é desnecessário'', reclamou.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo