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De olho no governo

Revisão de medidas de Lerner marca primeiros cem dias de Requião

Redação - Bonde
16 abr 2003 às 15:38

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Requião: redução do pedágio ainda não saiu do papel - Arquivo Bonde
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O governo do Estado dedicou boa parte de seus primeiros cem dias à revisão de contratos e medidas da gestão anterior. Em pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, semana passada, o governador Roberto Requião (PMDB) disse que os primeiros cem dias de seu mandato foram destinados a "reorganizar o Estado".

O governo considera uma de suas grandes vitórias a retomada do controle administrativo da Sanepar, que estava nas mãos do consórcio Dominó.

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O governador também suspendeu o pagamento de dívidas da gestão Lerner e anulou contratos assinados pelo governo anterior que considera suspeitos, entre eles os firmados pela Copel. ''O rompimento desses contratos vai significar uma economia de R$ 50 milhões por ano ao Estado'', garantiu.

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Requião também mudou o nome do NovoMuseu - xodó de Lerner nos últimos dias de Palácio Iguaçu - para Museu Oscar Niemeyer.

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Nos últimos dias, o governador também revogou o ato administrativo que autorizava o funcionamento dos bingos no Estado. "Bingo é coisa do capeta", disse Requião, reagindo aos protestos de proprietários e funcionários das casas de jogo à medida.


O governador venceu a queda de braço com o prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL), e retirou as grades do Centro Cívico, instaladas pela prefeitura. Depois, devolveu-as a Taniguchi.

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A geração de empregos, tema que dominou as campanhas eleitorais de 2002, mereceu uma medida de impacto do governo Requião - a isenção do ICMS para micro e pequenas empresas.


Ficam isentas do pagamento as empresas cujo faturamento anual é de até R$ 180 mil. O mesmo decreto reduz o imposto, em índices que variam de 1% a 4%, dos estabelecimentos que faturam até R$ 1,5 milhão ao ano.

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O Palácio Iguaçu anunciou também Plano de Desenvolvimento Urbano, que promete a inclusão social, abrangendo as áreas rurais, urbanas e regionais com base num desenvolvimento econômico sustentável.


A redução do pedágio, uma das principais promessas de campanha, continua no papel. O secretário da Casa Civil, Caíto Quintana, disse na metade de março que o caso deve ser solucionado em 60 dias.

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Enquanto isso, o Palácio Iguaçu anunciou a recuperação, pelo governo federal, de rodovias não pedagiadas. O governo também teve de enfrentar a fila recorde no embarque de soja, que gerou protestos dos caminhoneiros.


O programa de distribuição de leite a crianças carentes, uma das propostas mais polêmicas de Requião durante a campanha, também não saiu do papel. O governo promete que o programa começa a funcionar em abril, pelas cidades mais pobres do Estado.

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A principal novidade da Saúde do governo Requião, até agora, diz respeito aos servidores públicos. O Palácio Iguaçu criou o IPE-Saúde.


Enquanto isso, o rompimento de um contrato com o Instituto Curitiba de Informática, vinculado à prefeitura, interrompeu a marcação de consultas para a população, e a dengue se alastra em Londrina.

Na Segurança Pública, a principal medida de Requião - que acumula o cargo de secretário da área - é a mudança no Estatuto da Polícia Civil, com o objetivo de afastar policiais envolvidos com o crime organizado.


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