O governador Beto Richa decretou luto oficial de três dias no Paraná pela morte do ex-senador, deputado federal e ministro Affonso Alves de Camargo Neto, ocorrida na manhã desta quinta-feira (24), em Curitiba. "É um reconhecimento à contribuição que, com suas ações políticas, Affonso Camargo deu ao Paraná e ao Brasil", disse o governador, lembrando que o ex-deputado foi o autor da lei que criou o vale-transporte, "uma importante conquista social para os trabalhadores".
Richa destacou a serenidade, o equilíbrio e a capacidade de conciliação como marcas da trajetória de Affonso Camargo. "Tive o privilégio de conviver com ele durante a maior parte da minha vida. Perco um bom amigo e um grande conselheiro", afirmou o governador. "Suas ações políticas são motivo de muito orgulho para nós paranaenses. Era um homem de grande visão e respeitado por todos".
A família de Affonso Camargo anunciou que não haverá velório e pede que não sejam enviadas coroas de flores. Haverá missa de sétimo dia, em data e local ainda indefinidos.
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TRAJETÓRIA
Affonso Camargo nasceu em Curitiba e herdou o nome do avô, Afonso Alves de Camargo, que foi presidente (o equivalente a governador) do Paraná de 1916 a 1920. Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná, ocupou vários cargos políticos e administrativos. Iniciou sua carreira em 1964 como vice-governador (no primeiro mandato de Ney Braga). Entre 1979 e 1987 foi senador da República. Foi eleito quatro vezes deputado federal e no ano de 1989 candidatou-se à presidência da República.
Na administração estadual, Affonso Camargo foi ainda duas vezes secretário, da Justiça e da Fazenda. Foi presidente do Banco do Estado do Paraná e diretor do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Paraná. Na década de 80 foi indicado por José Sarney para assumir o Ministério dos Transportes e durante a gestão do ex-presidente Fernando Collor foi ministro das Comunicações e novamente dos Transportes.