O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), defendeu nesta sexta-feira (13), em Curitiba, o projeto de lei nº 395/13, que autoriza a abertura de capital da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). De acordo com o governador, a proposta, aprovada na última quarta-feira (11) na Assembleia Legislativa (Alep), por 32 a 16 votos, será sancionada assim que chegar as suas mãos. Richa participou durante a manhã da abertura da 90ª reunião do Fórum Nacional de Secretarias Estaduais do Trabalho (Fonset), onde falou com jornalistas.
"É um projeto importante, que estrutura as questões de dívidas da Sanepar no Estado. Isso dá segurança financeira e segurança jurídica a essa companhia que é uma das mais respeitadas do Brasil e que teve no nosso governo uma nova gestão, uma nova governança, com grande aumento das suas ações cotadas em bolsas", disse.
Segundo a proposta, a Sanepar aumentará seu capital com a emissão de ações preferenciais (sem direito a voto), que somam R$ 781,1 milhões. Os papéis serviriam para pagar parte da dívida da empresa com o governo, que chega a pouco mais de R$ 1 bilhão, e poderiam ser dados como garantia em operações de crédito e financiamento. O restante, R$ 283 milhões, seria quitado em dinheiro.
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Richa negou, no entanto, que a aprovação seja o início de um processo de privatização da empresa. "Não há a menor possibilidade". De acordo com ele, o mercado confia na gestão da companhia por parte do governo, o que pode ser comprovado pelo aumento no valor das ações. "Assumimos com as ações cotadas em R$ 2 e pouco e hoje elas já chegam próximas a R$7", argumentou.
Críticas – Após a sessão na Alep, anteontem, a bancada de oposição anunciou que vai requerer uma cópia do estudo que estabeleceu o valor das ações da Sanepar. O deputado estadual Tadeu Veneri (PT/PR), um dos contrários à proposta, afirmou que toda essa operação está sendo montada "para levantar fundos para um governo falido, que tem grandes problemas de gerenciamento dos recursos públicos".
Para o senador e ex-governador Roberto Requião (PMDB), a sociedade precisa pressionar os parlamentares que foram favoráveis à medida. "Vamos anotar os nomes dos deputados que votaram a favor do projeto de lei e fazer campanha contra. Esta gente não vale o que come", escreveu em seu site oficial.