O senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) defende um novo "planejamento geo-estratégico" para o Brasil que envolveria não apenas a criação de territórios, com a divisão de estados, mas também de municípios. Na sua avaliação, o Brasil precisa de um legislação que estimule a divisão de áreas mais pobres. Ele acredita que, desta forma, será mais fácil a redistribuição dos recursos da União à população mais carente, além de melhorar o setor da segurança nacional.
Na próxima quarta-feira, a Comissão da Amazônia da Câmara dos Deputados vota proposta de Mozarildo que cria três novos territórios, com a divisão do estado do Amazonas. São eles os territórios do Solimões, Rio Negro e Juruá. A proposta já foi aprovada no Senado e depois de passar pela Câmara, deverá ser realizado levantamento sócio-econômico sobre a viabilidade da divisão do estado do Amazonas e, posteriormente, um plebiscito entre a população para ratificar a decisão do Congresso.
Mozarildo disse que a concentração de municípios em regiões mais desenvolvidas contribui para o agravamento das desigualdes regionais. Ele defende que com a criação de mais municípios poderá haver maior descentralização administrativa, com desenvolvimento mais harmônico.
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O senador lembra ainda a questão da segurança nacional. Ele citou dados divulgados pelo "Jornal Nacional", da TV Globo, que revelou que a região Sul, que faz fronteira com três países, tem 570 municípios na faixa de fronteira, enquanto a região Norte, que se limita com sete países, tem apenas 98 municípios.