Os três senadores paranaenses aplaudiram ontem o trabalho do Ministério Público Estadual, que conseguiu a prisão do ex-prefeito cassado de Londrina Antonio Belinati (sem partido).
O senador Roberto Requião (PMDB), candidato à sucessão estadual em 2002, recebeu a notícia da prisão de Belinati durante entrevista coletiva com a imprensa, pela manhã, em Curitiba.
O senador comemorou a prisão de Belinati, do presidente da Sercomtel (empresa de telefonia de Londrina), Rubens Pavan, e de outros cinco envolvidos na administração do ex-prefeito de Londrina. "O MP fez um trabalho muito bem feito", disse Requião. Antes de saber da prisão de Belinati, no início da coletiva, o senador peemedebista havia dito que, se o ex-prefeito resolver contar tudo que sabe, pode comprometer muitas pessoas influentes.
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Para o senador Alvaro Dias (PSDB), que também quer disputar o governo do Paraná, a população está "mais indignada do que nunca", cobrando cada vez mais seriedade dos administradores públicos. Ele citou como exemplo a forte repercussão da violação do sigilo na votação do Senado e da extinção da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). "Estamos vivendo uma sensação de fim da impunidade. O País está diferente e a corrupção não fica mais escondida nas sombras". Apesar de Belinati ser seu adversário político, Alvaro disse que fica "deprimido" com o escândalo de Londrina. "Mas pelo menos essa história exerce uma função pedagógica", ponderou. O tucano lembrou ainda que a Lei de Responsabilidade Fiscal, em vigor desde maio do ano passado, exige maior rigor de administradores públicos.
O senador Osmar Dias (PSDB), irmão de Alvaro, já havia declarado que em relação ao caso de Londrina confiava que seria feita justiça. De acordo com ele, a população tem acordado para a necessidade de transparência. O senador defende o ressarcimento dos cofres públicos.
O deputado Caíto Quintanna (PMDB), acredita que o ex-prefeito deve querer contar o que sabe. "Isso vai explodir, ele deve querer explicar para onde foi o dinheiro", afirmou o deputado.