O governador de São Paulo, José Serra, pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a União abra mão da administração do Porto de Santos.
Pela proposta, o governo paulista assumiria o porto sem as dívidas, que somam aproximadamente R$ 800 milhões, segundo Serra – R$ 500 milhões de Refis (programa que parcela a dívida de pessoas jurídicas com o fisco) e R$ 300 milhões de processos trabalhistas.
O governador afirmou que a transferência não traria prejuízo para os cofres federais. "Seria o [mesmo] procedimento adotado no caso das estatais privatizadas, quando o Tesouro assumiu a dívida antes da venda".
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Serra e Lula se reuniram nesta sexta-feira, em Brasília – com presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega. O governador disse que o presidente acolheu bem a idéia, deu prazo de 15 dias para que voltem a se reunir e pediu colaboração do estado em questões como urbanização de favelas, educação e juventude.
Serra alega que a administração do porto seria profissionalizada, o que permitiria, por exemplo, lidar com o assoreamento do canal, que diminui a capacidade do local – atualmente, diz ele, não há condições de retirar os 400 mil metros cúbicos de resíduos que ficam depositados mensalmente no porto.
Pela proposta, a União e três municípios da região (Santos, Guarujá e Cubatão) teriam participação na administração.
Dos 44 principais portos do Brasil, 29 são administrados pela União, 14 por estados ou municípios e um por empresa privada (Imbituba-SC), segundo o Ministério dos Transportes.
O governador José Serra também pediu a transferência da administração de dois outros locais: a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e o Aeroporto Campo de Marte, ambos na capital paulista. O primeiro seria administrado pelo estado e o segundo, pela prefeitura.
Agência Brasil