Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Advogado alega nulidade

Servidoras envolvidas em suposto abuso de vereador de Ibiporã serão ouvidas na sexta pela Comissão de Ética

Luís Fernando Wiltemburg - Redação Bonde
21 mar 2023 às 15:18

Compartilhar notícia

- Reprodução/DIRP-CMI
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de Ibiporã vai ouvir, na sexta-feira  (24), a partir das 8h30, as servidoras municipais Daniella Novi e Tissiane Soares Seixas de Mattos, dentro do processo que investiga o vereador Gilson Mensato (PL) por suposto abuso de autoridade. 


De acordo com a denúncia acatada pela comissão, o parlamentar teria pressionado as funcionárias da Vigilância Sanitária do município por uma vistoria feita em uma padaria da cidade em dezembro de 2022.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O caso foi enviado para a Comissão de Ética por determinação da Mesa Diretora da Câmara, com base em um relato da secretária de Saúde, Leilane Lopes Vilar, sobre a reunião entre o vereador e as servidoras. O advogado de defesa de Mensato, Jordan Rogatte Moura, afirma que há vício de nulidade na iniciativa, uma vez que o processo começou não por representação contra o parlamentar, mas por um mero ofício do Executivo.

Leia mais:

Imagem de destaque
Polêmica

Câmara aprova castração química para condenados por pedofilia

Imagem de destaque
Estratégia inovadora

Um sucesso, diz médico de Lula sobre procedimento na cabeça para evitar novos sangramentos

Imagem de destaque
LOA 2025

Alep adiciona oito mil sugestões populares ao orçamento do Paraná

Imagem de destaque
Ligação da PR-445 à BR-369

Previsto no Lote 4, Contorno Leste deve ficar para depois de 2030


Imagem
Câmara de Londrina vota abertura de Comissão Especial para apurar atrasos na trincheira da Leste Oeste
A sessão ordinária desta terça-feira (21) da CML (Câmara Municipal de Londrina) vai tratar de um tema que, há mais


A reunião do vereador com as funcionárias municipais foi registrada em ata. No documento, consta que o parlamentar quis saber os motivos de fiscalização e autuação a uma padaria de Ibiporã que pertence a “seu amigo”. As funcionárias esclareceram que o estabelecimento comercial cometeu infração por não cumprir obrigações dentro do prazo da lei e, em seguida, ele questionou se a Vigilância Sanitária poderia fazer fiscalizações sem autorização, ao que as servidoras responderam em quais ocasiões isso poderia ser feito, devido ao “poder de polícia” dado à autoridade sanitária. A ata termina informando que o vereador disse para “tomar cuidado” com o termo “poder de polícia”.

Publicidade


A secretária, então, encaminhou ao Legislativo a ata e o relato das servidoras, argumentando que “o comportamento e a reação alterada do vereador” demonstra “a ingerência política no cumprimento dos deveres dos agentes, causando constrangimento e indignação” aos servidores.


O ofício da secretária foi tomado pela mesa Executiva como representação contra o parlamentar – conforme constatação do departamento jurídico da Câmara de Ibiporã em parecer sobre quais passos deveriam ser tomados -, iniciando o processo na Comissão de Ética por desígnio dos próprios vereadores.

Publicidade


O advogado Jordan Rogatte Moura alega que o caso só poderia ser encaminhado para a Comissão de Ética por força de representação de um munícipe, e não por iniciativa de outros vereadores, criando um vício de iniciativa. “A Mesa Diretora da Câmara, ao acolher um ofício desprovido de forma de representação, se tornou a própria acusadora. No devido processo legal, o acusador não pode ser o mesmo que julga. Então, pedimos o afastamento de dois vereadores [Diego Barbosa da Fonseca (PSD) e Augusto Semprebon (PP)], que também compõem a Comissão de Ética, do caso”, afirma. 


Ele também nega abuso no comportamento de Mensato. “A reunião entre o vereador e as servidoras foi lavrada em ata, da qual não se extrai nenhum abuso. Mas, depois, veio o relato da secretária, acrescentando alguns fatos [que não estão na ata]. E, no entendimento dela, houve abuso”, diz o advogado. Porém, para ele, há uma inversão de papéis, uma vez que o Executivo estaria “fiscalizando” a fiscalização do parlamentar.


A reportagem questionou à assessoria de imprensa da Prefeitura de Ibiporã se a secretária de Saúde considera que o vereador extrapolou suas funções parlamentares e se ela teve a intenção de encaminhar representação ao Legislativo contra Mensato. A assessoria respondeu que “a secretária apenas recebeu dos servidores a informação e registrou”.


A assessoria de imprensa da Câmara de Ibiporã disse que nenhum vereador está comentando o processo da Comissão de Ética.

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo