Depois de uma hora e meia de sessão suspensa, o presidente da mesa diretora da Assembléia Legislativa do Paraná, Hermas Brandão (PTB) voltou à sua cadeira, reiniciou a sessão e anunciou que indeferia a questão de ordem levantada pelo deputado Algaci Túlio (PTB). Tulio havia pedido a nulidade do procedimento de votação do projeto de iniciativa popular. Ao mesmo tempo, Brandão indicou Túlio como sendo o deputado encarregado de fazer a defesa do projeto popular.
Ao anunciar a decisão, Brandão pretendia iniciar a votação, mas foi novamente interrompido. Primeiro por Algaci Tulio, que pediu que a partir daquele momento todo a tramitação do processo fosse registrado em livro especial para que fosse possível medidas judiciais contra esta tramitação. Em seguida, o deputado Caíto Quintana (PMDB), corregedor da Assembléia, também avisou que o procedimento de votação do projeto popular seria questionado na Justiça.
O deputado Irineu Colombo (PT) também pediu a palavra e explicou que o primeiro signatário do projeto, o ex-deputado Nelton Friedrich é que deveria defender o projeto popular. Mas ele não poderia saber quando deveria fazer isso pois não foi oficialmente notificado. Assim, ele gostaria de ser o defensor do projeto, que o próprio Nelton Friedrich o indicasse, mas a mesa havia indicado Tulio e com isso havia um novo impasse.
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Hermas Brandão perguntou a Tulio se ele cederia a defesa para Colombo e Tulio pediu nova interrupção de 10 minutos para decidir. Depois de mais de 50 minutos de interrupção, às 05h20, a sessão não havia se reiniciado.
Os deputados contra a privatização da Copel pretendem ganhar tempo para a votação do projeto popular. Com a postergação, eles tentariam encontrar o deputado tucano Sérgio Spada, único ausente da votação e que era contado como voto contra a privatização. A contagem sem Spada estava praticamente definida em 27 favoráveis à privatização e 25 contrários a ela.