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Morte do ditador

Simpatizantes fazem fila para se despedir de Pinochet

Redação - Bonde
12 dez 2006 às 11:14

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Nos 17 anos em Pinochet esteve à frente do poder, ocorreram 3 mil mortes e desaparecimentos - Arquivo/Bonde
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Milhares de pessoas enfrentaram uma enorme fila na madrugada desta terça-feira (12), no Chile, para se despedir do ex-presidente Augusto Pinochet, 91.

O ex-ditador, que governou o Chile com mãos de ferro por 17 anos, morreu na tarde de domingo (10) vítima de uma descompensação generalizada após sofrer infarto agudo do miocárdio e edema pulmonar.

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A polícia estima que, durante o dia, mais de 50 mil pessoas ficaram entre três e oito horas na fila para ver o corpo de Pinochet. Na madrugada, porém, a fila passou a andar ainda mais lentamente, devido ao aumento no número de pessoas. As informações são da BBC Brasil.

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Pinochet está sendo velado na Escola Militar, em Las Condes, bairro de classe média alta em Santiago. Longe dali, no centro da capital chilena, em frente ao palácio presidencial de La Moneda, populares deixaram cravos vermelhos na estátua do presidente socialista Salvador Allende, derrubado num sangrento golpe militar liderado por Pinochet, em 1973.

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A previsão é de que seu corpo seja levado, de helicóptero, antes do almoço, para o cemitério onde será cremado. Por questões de segurança, a família não divulgou o nome do cemitério e optou pelo helicóptero, para evitar os protestos contra o general.


Opiniões divididas

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Nos bares, lanchonetes e restaurantes, o assunto é a morte do ex-general.


Muitos concordam que a expansão da economia chilena deve-se ao seu modelo – respeitado nos governos democráticos que o sucederam, apesar de o país registrar uma das piores concentrações de renda da região.

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Outros lamentam que Pinochet tenha morrido sem responder aos cerca de 300 processos contra ele na Justiça.


No seu regime, ocorreram 3 mil mortes e desaparecimentos. Há cerca de dois anos, uma comissão investigadora do Senado dos Estados Unidos revelou que ele ocultava milhões de dólares no Banco Riggs, de Washington.

Mais tarde, soube-se que havia outras contas em outros países. Este ano, a Justiça chilena começou a investigar um depósito de ouro que ele teria num banco de Hong Kong.


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