Os sites do governo brasileiro voltaram a sofrer com instabilidades nesta quinta-feira, 22. Durante à tarde, os portais da Presidência da República, do Senado e Portal Brasil não carregavam e apresentavam mensagens de erro. A página do Ministério dos Esportes também foi retirada do ar, um dia após o grupo LulzSecBrazil deixar vários outros sites indisponíveis.
Desta vez, o grupo não havia assumido até o meio da tarde, pelo Twitter - como fez ontem -, a autoria de possíveis ataques para deixar os sites fora do ar. Contatada, a Presidência da República ainda verificava o motivo da indisponibilidade dos sites do governo.
Já uma assessora de imprensa de Esportes confirmou à agência Reuters que foram ataques que provocaram o erro do site do ministério. A funcionária informou, porém, que após uma primeira varredura, a invasão foi considerada periférica, "sem afetar dados e o coração do sistema, sem maiores consequências."
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Mais cedo, o grupo de hackers afirmou ter copiado dados protegidos no site do Ministério dos Esportes, mostrando supostas diferenças entre contribuições e recebimentos de dinheiro do governo federal em Estados que sediarão jogos da Copa do Mundo.
Nos dados, os montantes recebidos por Estados do Nordeste são muito maiores do que os contribuídos. Já no Sul e Sudeste, de acordo com as informações dos hackers, os valores enviados para a União foram superiores aos repassados do governo federal aos Estados.
Além disso, o grupo divulgou dados pessoais da presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, como número de CPF, telefones e e-mails pessoais.
Na quarta-feira, o mesmo grupo reivindicou a autoria de um ataque ao site da Petrobras, depois de ter tentando invadir sem sucesso, durante a madrugada, os sites da Presidência da República, da Receita Federal e do Portal Brasil.
De acordo com a BBC, o LulzSecBrazil é o braço brasileiro do grupo coletivo internacional Lulz Security, que vem ganhando notoriedade por ataques recentes aos servidores da CIA (agência de inteligência americana), do FBI (polícia federal americana), do serviço público de saúde britânico, o NHS, da empresa Sony e das TV americanas Fox e PBS.