A incômoda situação do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara provocou um bate-boca entre líderes partidários em reunião fechada na manhã desta terça-feira. O líder do PSol, Ivan Valente (SP), cobrou do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a prometida solução para o caso e foi interrompido pelo líder do PSC, André Moura (SE), que ameaçou cancelar a reunião convocada para esta tarde na tentativa de convencer Feliciano a renunciar. Alves interveio na discussão e Moura manteve o encontro de seu partido para debater o tema.
O questionamento feito por Valente foi dirigido a Alves. Ele lembrou que o presidente da Câmara tinha prometido uma solução na semana passada. Moura irritou-se com a cobrança. "A reação do André Moura foi muito ruim, ele disse que, se a gente forçasse a barra, ele ia manter o Feliciano", contou Valente.
O líder do PSC confirmou a discussão e disse que o partido não aceitará pressão para tomar uma decisão. "Eu disse que se houver pressão eu cancelava a reunião. Nós vamos manter a nossa pauta, mas sem pressão, a intenção é decidir essa situação ainda hoje, mas não tem problema nenhum deixar para depois da Páscoa, um mês ou dois meses", afirmou Moura ao sair da reunião.
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Ele reiterou que foi pedido para Feliciano reavaliar sua posição de permanecer no cargo e afirmou que a reunião da bancada e da Executiva do PSC nesta tarde tentará buscar uma solução. Reconheceu que a pressão pela saída do pastor decorre das manifestações populares contra ele. "O partido não pode tomar uma posição só pela Casa, é preciso ouvir as ruas, a sociedade, as manifestações contra e a favor, é isso que mais importa e será levado em conta".