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Investigação

Stephanes: Banestado foi vendido por menos do que valia

Redação - Bonde
03 nov 2003 às 11:23

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O último presidente do Banestado e atual secretário estadual de Administração, Reinold Stephanes, depôs nesta segunda-feira à CPI do Banestado.

Stephanes afirmou que, na época da privatização, ele propôs que o banco paranaense fosse vendido após o Banespa, para que fosse mais valorizado - entretanto, o objetivo seria vender o Banestado o mais rápido possível e sua opinião não foi ouvida.

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O ex-presidente do banco também disse que considera o valor de venda - R$ 1,6 bilhão - inferior ao que valia o Banestado. E creditou ao ex-secretário da Fazenda, Giovani Gionédis - convocado para depor na terça-feira - a decisão "política" de antecipar a venda do banco.

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Stephanes também disse que, se tivesse assumido a presidência do Banestado um ano antes, poderia ter evitado o agravamento da situação financeira.

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Segundo a rádio CBN, ele disse que agiu com rigor para tentar recuperar empréstimos, "não fazendo concessões a ninguém". E declarou que em seu período de administração "nenhuma irregularidade foi cometida".


Segundo informações do gabinete do deputado Neivo Beraldin, presidente da CPI, após seis meses sem conversar com o governador Jaime Lerner, em função das divergências em relação à administração do banco, Stephanes teria sido procurado pelo então secretário da Fazenda Giovani Gionédis, através de quem teria mandado o seguinte recado: "diga ao governador que a festa do Banestado acabou".

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Ao chegar na Assembléia Legislativa, Stephanes foi recebido com faixas e manifestos do Sindicato dos Bancários e da CUT, que diziam que o ex-presidente do banestado era cúmplice das fraudes e teria comandado a "entrega" do banco à iniciativa privada.


Por sua vez, Stephanes afirmou que os manifestantes "não sabem o que estão falando" e que "não admite qualquer ataque à sua honra".


Antes de Stephanes, o ex-chefe da Inspetoria do TC responsável pela fiscalização da privatização do Banestado, Edgar Guimarães, prestou depoimento à CPI.

Guimarães disse que, na época da privatização do banco, patricipava apenas de tarefas administrativas e burocráticas, não estando envolvido com o caso.


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