O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na tarde desta quarta-feira, 2, o julgamento para decidir se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai virar réu no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. Caso a Corte aceite a denúncia, o presidente da Câmara vai ser o primeiro dos 38 parlamentares investigados no esquema de corrupção da Petrobras a passar à condição de réu.
Cunha foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em agosto do ano passado por suspeita de receber ao menos US$ 5 milhões em propinas referentes a dois contratos de navios-sonda da Petrobras em 2006 e 2007. O peemedebista é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.
Relator da Lava Jato, o voto do ministro Teori Zavascki deverá servir como norte para o posicionamento dos demais ministros. A defesa de Cunha em plenário deverá ser feita pelo advogado Antonio Fernando de Souza, que já ocupou o cargo de procurador-geral da República.
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Nesta terça-feira, 1, Teori negou o pedido de Cunha para adiar o julgamento e disse que vai votar os recursos apresentados pelo peemedebista na sessão desta quarta. A expectativa inicial era de que o julgamento durasse pelo menos dois dias, mas fontes ouvidas pela reportagem afirmaram que o caso pode ser resolvido ainda nesta sessão.
A aliados, Cunha tem dito que permanecerá na presidência da Câmara independentemente da decisão do Supremo. Deputados que são contra o peemedebista apostam em mais este desgaste para retirá-lo do cargo.