O Supremo Tribunal Federal (STF), instância da Justiça responsável por pessoas com foro privilegiado, instaurou inquérito para investigar denúncias contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
A investigação foi aberta após pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza. Renan também enfrenta um processo por quebra de decoro parlamentar por denúncias de que tinha contas pessoais pagas por um funcionário da construtora Mendes Júnior.
No pedido, o procurador-geral da República solicitou ao Conselho de Ética e à Polícia Federal os documentos já levantados durante a investigação por quebra de decoro. Renan Calherios está sendo investigado por causa de uma representação do P-Sol que aborda a mesma denúncia, que teve origem em uma reportagem da revista Veja. O texto citava o funcionário Cláudio Gontijo como a fonte pagadora de uma pensão informal de R$ 12 mil à jornalista Mônica Veloso, com quem Renan tem uma filha.
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O presidente do Senado negou todas as acusações, reconheceu a relação extraconjugal com a jornalista e afirmou que a pensão era paga por ele com dinheiro todo seu. De acordo com o senador, o funcionário Cláudio Gontijo, de quem é amigo pessoal, seria apenas o repassador dos recursos. As investigações foram transferidas da Corregedoria do Senado para o Conselho de Ética, a partir do momento em que o colegiado acatou, em maio, a representação do P-Sol.
Caberá ao ministro Ricardo Lewandowsky, do Supremo Tribunal Federal (STF), relatar o inquérito aberto. A escolha do relator foi feita por meio de sorteio, realizado na noite desta segunda-feira. A partir de agora, com a abertura do inquérito, as diligências solicitadas pelo Ministério Público serão diretamente encaminhados para a Polícia Federal. Segundo a assessoria do STF, o inquérito tem por objetivo coletar provas para fundamentar uma futura denúncia. Caso não haja provas suficientes, o inquérito pode ser arquivado.
ABr