Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

STF ordena fim dos delegados "calças-curtas"

Israel Reinstein - Folha do Paraná
26 jun 2001 às 09:24

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O governo estadual está impedido de manter os delegados "calças-curtas" (assistentes de segurança sem formação universitária) no comando de delegacias do Estado. Uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) acatou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pelo Partido Social Liberal (PSL), a pedido da Associação dos Delegados de Polícia do Paraná (Adepol). Os ministros do STF consideraram, por unanimidade, inconstitucional a lei estadual que regulamenta essa função.

Ao todo, existem 274 calças-curtas, que hoje atuam ou coordenam uma das 399 delegacias no interior. Para cumprir a decisão, o secretário de Segurança Pública, José Tavares, vai improvisar. Os 105 delegados de carreira (com formação universitária e curso de treinamento para função) serão obrigados a comandar mais de um município ao mesmo tempo. E os assistentes de segurança (calças-curtas) vão atuar em outras funções policiais. Além disso, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) deve recorrer da decisão, assim que for oficialmente notificada.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Para o presidente da Adepol, o delegado João Ricardo Képes Noronha, fazer com que um delegado atenda mais de um município não resolve o problema. "É preciso contratar novos delegados para suprir a falta de profissionais", disse.

Leia mais:

Imagem de destaque
Transição

Gerson Guariente avalia que o Orçamento de 2025 será difícil de ser realizado por Tiago Amaral

Imagem de destaque
Água no chope do pobre

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000 só ocorrerá com condições fiscais, dizem Lira e Pacheco

Imagem de destaque
Veja como participar

Código de Posturas será debatido em audiência pública na Câmara de Londrina

Imagem de destaque
Processo arquivado

Kassio rejeita notícia-crime de Boulos contra Tarcísio no TSE por fala sobre PCC


Pela previsão da Adepol, são necessários mais 41 delegados de carreira no Estado para cuidar os principais municípios do Estado. Porém, o governo estadual acena com a contratação de apenas 20, alegando que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impede a amplilação de vagas.

Publicidade


Noronha considera que a decisão do governo em não cumprir a decisão da Justiça pode ser prejudicial à população. Ele explicou que há até um parecer da Procuradoria Geral do Estado que alerta a Secretaria de Segurança sobre os risco da manutenção dos calças-curtas na função de delegados de carreiras.


O presidente da Adepol exemplifica que se alguém se sentir prejudicado por um processo gerido por um calça-curta pode entrar "com uma ação indenizatóriao contra o Estado". Para Ricardo Noronha, somente os delegados de carreira podem instruir um processo criminal.

A Adepol defende o fim dos calças-curtas. O tema vem sendo debatido na discussão sobre o Estatuto da Polícia Civil, que está em pauta na Assembléia Legislativa. Uma das propostas é criar uma nova categoria policial (o delegado de 5ª classe) no cargo que hoje ocupa os calças curtas. Esse policial seria o delegado de início de carreira. "Mas ele precisaria ter curso superior para exercer a função", advertiu Noronha. Essa sugestão já se tornou emenda e deve ser votado quando o Estatuto da Polícia Civil for a plenário.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo