Três suplentes tomaram posse nesta terça-feira (17) como senadores, dois deles para substituir parlamentares que viraram ministros na última semana e um no lugar do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), que teve o mandato cassado também na semana passada.
Pedro Chaves (PSC-MS) foi o primeiro. Empresário do ramo da educação, Chaves fez um breve discurso, no qual falou sobre a importância da política para a resolução dos problemas do país. "Num momento de grande turbulência nacional, reitero o compromisso de me pautar na mais absoluta conduta ética e republicana", disse no discurso de posse. Chaves vai ocupar o posto de Delcídio até fevereiro de 2019.
Em seguida, foi a vez de Wirlande da Luz (PMDB-RR), que ocupou o posto vago de Romero Jucá, que tomou posse como ministro do Planejamento. Pediatra, Luz assumiu a vaga de senador em outro mandato de Jucá, quando o atual ministro também se afastou do cargo por cerca de seis meses.
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Por fim, foi a vez de José Aníbal (PSDB-SP) assumir a vaga de José Serra, que virou ministro de Relações Exteriores. Aníbal foi deputado e líder do PSDB na Câmara e atualmente comanda o Instituto Teotônio Vilella, do PSDB. Sua chegada foi festejada pelo presidente do partido, senador Aécio Neves (PSDB-MG).
"[Aníbal] tem uma carreira sem sombras. Respeitado e admirado pelos seus companheiros, mas também extremamente respeitado por aqueles de quem diverge dada a qualidade da sua argumentação, a firmeza e a coragem com que defende as suas convicções, o agora senador José Aníbal é um dos mais qualificados quadros do PSDB em todo o país", disse Aécio ao receber o colega logo após a posse.
A vaga de outro senador que virou ministro, Blairo Maggi, que assumiu a Agricultura, foi ocupada ontem (16) pelo suplente Cidinho Santos (PR-MT). Hoje, mais cedo, ele chegou a presidir a sessão por alguns minutos enquanto o vice-presidente da Casa, senador Jorge Vianna (PT-AC), fazia seu discurso.
Logo depois, Santos fez seu primeiro pronunciamento e disse lamentar o afastamento da presidente Dilma Rousseff, mas considerou que "como estava não havia como suportar". "Das vezes em que estive com a presidente Dilma, tenho a impressão de ser uma pessoa honrada, uma pessoa competente, uma pessoa trabalhadora, mas a execução desse segundo mandato foi totalmente diferente daquilo que havia sido prometido na campanha eleitoral. Só posso atribuir isso – até em forma de brincadeira, me desculpem os telespectadores da TV Senado – à dieta que ela fez, de um médico argentino, o doutor Ravenna, porque o programa de governo que foi colocado foi totalmente feito ao contrário", disse o senador.