O suplente de Joaquim Roriz no Senado, Gim Argello (PMDB-DF), foi empossado no final da tarde desta terça-feira. Após o vice-presidente da Casa, Tião Viana (PT-AC), ler a declaração de posse, Arthur Virgílio (PSDB-AM) pegou o microfone para tirar satisfações sobre as denúncias que pesam contra o novo senador.
"Temos informações jurídicas de que vários processos, incluindo suspeita de ganho de propina com relação a venda de lotes, pesam contra o senhor. Assim como eu, a sociedade gostaria que o senhor desse explicações sobre essas acusações", disse Virgílio.
Argello, com a voz trêmula, disse que não gostaria de ser pré-julgado. "Oportunamente, mostrarei que não devo nada. Vou comprovar todos os itens que pesam contra mim". Em seguida, deixou o Senado sem dar declarações à imprensa.
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Presidente do PTB do Distrito Federal, Argello responde a processos e inquéritos civis e criminais. É acusado de receber 300 lotes como propina, de causar prejuízo de R$ 1,7 milhão à Câmara Legislativa com um contrato de informática e de envolvimento no desvio de R$ 2,2 milhões do Banco de Brasília (BRB). Com a posse, ganha direito a foro privilegiado e os processos são enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O corregedor geral do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), disse recentemente que a investigação começaria assim que Gim Argello tomasse posse no lugar de Roriz, que renunciou por suspeita de corrupção.
Agência Brasil