O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) aprovou, por 4 votos a 2, parecer prévio recomendando a aprovação das contas do Governo durante 2009, gestão do ex-governador Roberto Requião (PMDB). No entanto, os conselheiros apontas 59 ressalvas no texto.
Ressalvas
A ausência de um sistema integrado e efetivo de controle interno no Executivo estadual paranaense foi novamente apontada como grave falha da gestão. Da mesma forma, foram destaques negativos e reincidentes os fundos especiais não regulamentados ou com recursos desviados para finalidades outras que não aquelas para as quais foram criados.
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Outra determinação que restou descumprida do exercício anterior foram os gastos irregulares com publicidade. Em 2009, 19% dos R$ 18,1 milhões consumidos na área ocorreram sem o chamado Pedido de Autorização para Divulgação e Veiculação (PADV).
Também preocupa, segundo o relatório do conselheiro Fernando Guimarães, o déficit técnico da previdência estadual, que já chega a R$ 1,017 bilhão.
O relatório do TCE sobre as contas do Executivo revela problemas em áreas sensíveis da administração estadual. Um destes problemas são as vagas ociosas no efetivo policial, num momento em que a população clama por mais segurança.
Também foram encontradas deficiências em outros setores. Se os índices constitucionais de investimento foram atingidos em áreas como Educação (25,42%) e Saúde (12,08%), sendo considerados "satisfatórios" pelo relator, a situação muda quando se analisa a qualidade destes investimentos. Salas de aula em más condições de conservação, falta de material e equipamento, além de inadequações no atendimento a estudantes portadores de necessidades especiais foram alguns dos problemas detectados.