Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Lula vetou

TCU sugeriu ao Planalto barrar obras da Petrobras; refinaria no Paraná foi citada

Agência Estado
13 nov 2014 às 09:08

Compartilhar notícia

- Divulgação
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O Palácio do Planalto foi alertado em 2009 de irregularidades em obras da Petrobras pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que recomendou o bloqueio de recursos para os empreendimentos da estatal no orçamento do ano seguinte. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contudo, vetou dispositivos da lei orçamentária, aprovada pelo Congresso, que impediriam os repasses.

A decisão permitiu que R$ 13,1 bilhões fossem liberados para quatro obras da companhia petrolífera, embora auditorias feitas pela corte de contas tivessem detectado superfaturamento e várias outras impropriedades. Desse total, R$ 6,1 bilhões foram destinados à construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Segundo o inquérito da Operação Lava Jato, deflagrada em março pela Polícia Federal, os contratos com empreiteiras são a fonte de desvios da obra para partidos da base aliada. O orçamento inicial de Abreu e Lima, de R$ 2,3 bilhões, já ultrapassa os R$ 20 bilhões.

Leia mais:

Imagem de destaque
Em entrevista

Lula defende proibição de apostas em cartão amarelo e vermelho nas bets

Imagem de destaque
Tramita desde 2023

Plano Diretor deve pautar semana na Câmara de Londrina

Imagem de destaque
Nova avaliação

Presidente Lula tem liberação médica para viajar de avião

Imagem de destaque
Eleições

Bolsonarismo encara reveses, mas segue forte com votação expressiva e empurrão de Trump


A decisão de liberar recursos em 2010 ocorreu após discussão acirrada entre o governo e o TCU, que não cedeu no entendimento sobre as obras. O Planalto ameaçou enviar ao Congresso um projeto de lei limitando os poderes da corte de contas. Lula declarou na época que o órgão "quase governa o País". O então presidente do tribunal, Ubiratan Aguiar, disse que fiscalizar implica contrariar interesses.

Publicidade


Além da refinaria nordestina, a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a modernização da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (PR) e a implantação de um terminal e Barra do Riacho (ES) foram citadas na recomendação do TCU. Na época, o tribunal já havia constatado, além de sobrepreços, que os projetos básicos eram deficientes e os editais de licitação elaborados restringiam a competitividade entre as empresas.


Justificativa

Publicidade


Ao justificar o veto, Lula argumentou que o bloqueio de recursos implicaria a paralisação das obras e, em consequência, a perda de 25 mil empregos, além de prejuízo mensal de R$ 268 milhões com a "degradação e a desmobilização" dos trabalhos feitos até então.


"Convém destacar também que parte dos contratos já apresentam 90% de execução física e sua interrupção gera atraso no início da operação das unidades em construção, com perda de receita mensal estimada em R$ 577 milhões e dificuldade no atendimento dos compromissos de abastecimento do País com óleo diesel de baixo teor de enxofre", acrescentou Lula.

Publicidade


O então presidente salientou que, em reuniões com representantes do Congresso e o TCU, houve consenso sobre a possibilidade de corrigir as falhas identificadas. Relatórios da corte de contas, no entanto, continuaram apontando irregularidades.


O balanço mais recente do TCU aponta sobrepreço de R$ 469 milhões em Abreu e Lima. Auditorias em curso investigam outras possíveis irregularidades que podem alcançar R$ 1,1 bilhão. No Comperj, o prejuízo nas intervenções em curso é estimado em R$ 238,5 milhões. O cronograma da obra está atrasado, o que, segundo o tribunal, implica perdas de R$ 213 milhões por mês.

A Polícia Federal investiga se o esquema de desvios na Abreu e Lima também funcionou na refinaria do Paraná. Segundo os investigadores, recursos de contratos superfaturados na refinaria podem ter abastecido empresas ligadas ao doleiro Alberto Youssef e ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo