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Telepar desligou grampo sem informar a polícia

Redação - Folha do Paraná
14 mai 2001 às 15:11

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A ex-secretária de Estado da Administração e atual assessora para assuntos governamentais da Renault, Maria Elisa Paciornik, disse que o grampo telefônico encontrado em sua sala em outubro de 1999, foi desligado sem que a Telepar informasse a polícia.

Ainda segundo a ex-secretária, a escuta clandestina poderia estar ligada ao escritório de advocacia de José Maria Martins Nascimento, que também fica no Centro Cívico, segundo constaou, na época, um funcionário da Telepar.

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Ela prestou depoimento à Comissão Especial da Secretaria de Segurança, criada para investigar as denúncias de escutas clandestinas em órgãos públicos durante o governo de Jaime Lerner (PFL).

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Como o nome de Nascimento não tinha surgido na Comissão, após o depoimento da ex-secretária a comissão resolveu convocar o advogado para prestar depoimento na quarta-feira, dia 16. Nascimento foi denunciado pela Promotoria de Investigações Criminais (PIC) como envolvido no grampo da Secretaria de Administração em 1999. O caso ainda está sendo investigado por policiais do 3º Distrito Policial de Curitiba.

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Pela manhã, Nascimento informou que se for convocado prestará depoimento sem nenhum constrangimento. "Eu não tenho nada a temer, porque tudo indica que foi crime político e nunca tive clientes envolvidos com política, eu sou um advogado trabalhista", disse.


Segundo ele, a única constatação feita pela Telepar em outubro de 1999 foi que o grampo estaria ligado à caixa externa de telefones de seu escritório. "Na época um perito da Telepar testou os terminais do meu escritório e constatou que não havia possibilidade dos meus telefones terem acesso às conversas da Secretária."

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Maria Elisa foi convocada porque em outubro de 1999 ela solicitou à Telepar Brasil Telecom que fizesse uma varredura. Poucos dias depois, a Secretária teria sido informada pelo funcionário da empresa João Luis Rego de Barros que tinha sido constatada a existência de um grampo telefônico na linha do seu gabinete.


O que chamou a atenção dos integrantes da Comissão Especial foi a forma como o grampo acabou sendo desmobilizado. De acordo com a Secretária, ela tinha pedido apenas uma varredura. Depois de alguns dias foi informada que havia sido encontrada a irregularidade e que os técnicos terminaram com a irregularidade. "Eles me disseram que grampo telefônico era crime e que a direção da Telepar havia determinado a imediata desmobilização", disse.

Leia mais sobre o assunto na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta terça-feira


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