Ao fazer um balanço dos sete meses de gestão, o presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira (22) que não cogita renunciar ao cargo e que vai recorrer até ao Supremo Tribunal Federal caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decida pela cassação da chapa Dilma-Temer. Mesmo sem ter sido questionado sobre uma possível renúncia, Temer disse que "não tem pensado" nisso.
Durante o café da manhã com jornalistas no Palácio da Alvorada, o presidente foi perguntado sobre uma eventual cassação da chapa reeleita em 2014 e sobre possíveis impactos das investigações da Operação Lava Jato no mandato presidencial. Em relação ao julgamento da ação que analisa se houve abuso de poder econômico na eleição presidencial de 2014, Temer disse que, caso o TSE decida pela cassação, "haverá recursos e mais recursos", também ao Supremo.
Temer negou também que o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, vá deixar o governo. Ontem, a Coluna do Estadão informou que Padilha pediu ao lobista Lúcio Funaro a entrega de dinheiro no escritório do ex-assessor da Presidência José Yunes. Funaro teria entregue a Yunes dinheiro em espécie repassado pela Odebrecht, empresa alvo das investigação da Lava Jato. "Não tirarei o chefe da Casa Civil. Não haverá mudança."