Encerrado oficialmente o prazo para adesão à carta de compromissos com a população LGBT, apenas metade dos candidatos à Prefeitura de Londrina assinou o documento, que foi formulado por iniciativa do Fórum LBGT de Londrina e Região, com participação de mais nove entidades.
Além dos cinco que efetivamente endossaram a carta - Márcio Sanches (PC do B), Boca Aberta (Pros), Barbosa Neto (PDT), Marcelo Belinati (PP) e Carlos Scalassara (PT) - Marcio Stamm (Podemos) disse que uma cidade sem preconceito "é mais que uma meta de governo; é um princípio de cidadania" e prometeu "estudar com critério a carta-compromisso".
Como pondera o articulador do Fórum, Vinícius Yoma Bueno, "Não estamos lutando por privilégios, buscamos equidade de direitos". Para Christiane Lemes, coordenadora do Elity Trans, um dos coletivos responsáveis pela carta, a cidade precisa ser o espaço plural, do respeito e diálogo: "É assim que sobrevivem as democracias".
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Entre os dez pontos do documento estão a construção do Plano Municipal de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos; Conselho Municipal de Direitos da População LGBT; a criação da Coordenadoria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania LGBT, com orçamento próprio e dentro da estrutura do Executivo; edição de um decreto que determina o uso do nome social da população T por todos os órgãos da administração pública, além de mecanismos de monitoramento da lei municipal 8812/2002, que estabelece penalidades aos estabelecimentos que discriminarem pessoas LGBT.
Além da OAB e do Elity Trans, a iniciativa do Fórum reúne o Coletivo Resiliência T; Rede LGBT Ubuntu; Roda de Conversa Sexualidade e Espiritualidade da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil; Movimento Construção; Bloku da Elke; ALIA – Associação Londrinense Interdisciplinar de Aids e Mães pela Diversidade.