O caixa de campanha do grupo do ex-prefeito Antônio Casimiro Belinati (sem partido), Cassimiro Zavierucha, esteve hoje (18-05) no Fórum de Londrina. Acompanhado de seu advogado, o criminalista Mauro Viotto, Carlos Jr. (como é conhecido) não quis conversar com a imprensa, sob orientação da defesa. "Ele não fala", esbravejou Viotto, quando os repórteres se dirigiram para questionar o seu cliente.
Carlos Jr. teve o seu depoimento na 4a Vara Criminal remarcado para o dia 15 de junho, já que não havia comparecido no dia 15 deste mês ao interrogatório. Ele será ouvido pelo juiz Arquelau Araújo Ribas. A defesa alegou, assim como outros réus, que não houve tempo para que fosse tomado conhecimento das denúncias do Ministério Público na ação.
Carlos Jr. depôs três vezes à Promotoria do Patrimônio Público e à Promotoria de Investigações Criminais. Em todas as ocasiões se manteve no direito de ficar calado. Zavierucha é dono de empreiteiras que ganharam licitações da Prefeitura avaliadas como fraudadas pelos promotores.
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Além disso, em sua casa e no escritório de trabalho, os promotores apreenderam com uma mandado de busca e apreensão em 1999 uma vasta quantidade de documentos relacionados ao esquema de corrupção municipal. Eram centenas de faturas de cartão de crédito, recibos, cheques e contas telefônicas. Uma lista, o maior "achado" dos promotores, foi encontrada no escritório do empresário e indicava nominalmente quem eram as pessoas que "contribuíam" para o caixa do grupo. As listas também indicavam pagamentos de campanha controlados pelo próprio tesoureiro, além de pagamentos a membros da imprensa que se compromoteram em manter longe da mídia as fraudes na administração Belinati. Muitos dos vereadores da antiga conjuntura da Câmara de Londrina constam na famosa lista de Carlos Júnior. A lista nunca foi publicada pela imprensa. Há cerca de dois meses, o site www.parananews.com.br mantém uma cópia da lista no ar.
Nas ações do Ministério Público, Carlos Jr. é chamado de "PC de Belinati" em uma referência ao ex-tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor, Paulo César Farias.
Ele nunca explicou à imprensa o que seria esta lista e nem as demais acusações. Hoje mantém negócios em Campo Grande (MS).
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