Em sessão no início da tarde desta quinta-feira (24), a 2ª Câmara Criminal do Tribunal (TJ) de Justiça do Paraná manteve a condenação do ex-vereadores Renato Araújo e Orlando Bonilha, por terem exigido propina do empresário Ângelo Marcelo Caldarelli para aprovar projeto de lei que autorizava o município doar um terreno no Jardim Bela Suíça ao empresário. O caso ficou conhecido como "Lista Caldarelli", relação onde constava o nome de nove parlamentares daquela legislatura – de 2005 a 2008 – que teriam recebido o dinheiro do achaque.
Flávio Vedoato, Gláudio Renato de Lima, Henrique Barros, Jamil Janene (ainda hoje vereador, filiado ao PP), Luiz Carlos Tamarozzi e Sidney de Souza foram absolvidos. "Os desembargadores entenderam que inexistia qualquer prova contra eles", disse o advogado Rodrigo Antunes, defensor de Barros. O nono nome da lista era do vereador Osvaldo Bergamin, já falecido, cuja punibilidade foi extinta. Porém, seu então assessor, Júlio Romagnolli, teve a condenação mantida.
Antunes, que acompanhou a sessão, disse que as penas dos condenados foram diminuídas. Araújo e Romagnolli, que tinham sido condenados a nove anos e 10 meses por crimes de concussão, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro tiveram a pena reduzida para seis anos e seis meses. O relator, disse o advogado, desconsiderou a condenação por formação de quadrilha.
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Bonilha, delator do esquema de cobrança de propina, que por isso havia sido condenado a uma pena menor que os colegas – quatro anos e dois meses – teve a pena diminuída para um ano e meio.
A sentença de condenação de primeiro grau foi proferida em 18 de julho de 2012 pelo então juiz da 3ª Vara Criminal Katsujo Nakadomari.
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