O Tribunal de Justiça tem um prazo de 30 dias para decidir se acata ou não a denúncia-crime contra o prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL). O prefeito, junto com outras onze pessoas, entre elas, sua mulher e presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Marina Klamas Taniguchi, está sendo acusado por promotores da área criminal da Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público de autorizar sem licitação pagamento de R$ 3,1 milhões à Cooperativa de Trabalhadores Autônomos de Curitiba (Cosmo), entre outubro de 1997 e julho de 2000.
A denúncia assinada pelo procurador Munir Gazal e pelos promotores Wanderlei Carvalho da Silva e Reginaldo Rolim Pereira será analisada pelo desembargador Paulo Habith, que será o relator do processo. Caso acate o pedido da promotoria, os citados pelo Ministério Público terão que responder a acusação de burlar a Lei de Licitações (8.666/93). Do contrário, o caso será arquivado.
O pedido do Ministério Público chegou ao desembargador na manhã desta segunda-feira. No processo estão sendo citados, além do Cassio Taniguchi e sua mulher, os atuais secretários Dinorah Botto Portugal Nogara (das Finanças); Carlos Alberto Carvalho (de Urbanismo); Dacylia Vieira dos Santos (da Criança); José Eduardo Lima Conter (de Obras); Luciano Ducci (da Saúde) e Sérgio Galante Tocchio (do Meio-Ambiente). A denúncia também atinge os ex-secretários de Finanças Antônio Carlos Pereira de Araújo (atualmente é um dos diretores do BRDE); e da Administração, José Alberto Reimann.