O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) promoveu por merecimento a juíza Isabele Papafanurakis Ferreira Noronha, advertida em fevereiro pelo próprio tribunal por ter participado de atos antidemocráticos no dia 7 de setembro de 2021, em São Paulo. Em sessão do Órgão Especial Administrativo do TJPR, no dia 25 de setembro, a magistrada conseguiu progressão na carreira como titular da 2ª Vara de Família e Sucessões de Acidentes do Trabalho de Londrina.
A promoção gerou reações de outra juíza que disputava a vaga e do movimento Algo Novo na Advocacia Paranaense, que reúne profissionais do Direito no estado e concorreu com uma chapa na última eleição da OAB-PR. Em pedido enviado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o grupo solicita rapidez na análise do caso.
A advertência foi aprovada pelo Órgão Especial do TJPR em fevereiro, já que magistrados não podem manifestar publicamente suas opiniões políticas. Na foto que veio a público em 11 de setembro de 2021, a juíza e outras quatro pessoas aparecem ao lado de uma faixa com a inscrição "Supremo é o povo". No mesmo dia, o então presidente Jair Bolsonaro havia atacado o Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que não cumpriria mais as decisões da corte.
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O CNJ atua como revisor da sentença do TJPR e considerou branda a punição, explicou a advogada Raquel Neves, integrante do movimento Algo Novo na Advocacia Paranaense. “A decisão está pendente desde maio. Nosso pedido foi para o CNJ analisar essa promoção, que não parece condizente com o cenário que se coloca. Nem mesmo a advertência foi levada em consideração”, afirmou Raquel Neves.
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