Depois de quatro tentativas e três derrotas, o empresário Sebastián Miguel Piñeira, da coligação Alianza (de centro-direita), conseguiu ontem (17) vencer as eleições no Chile e chegar à Presidência da República. É a primeira vitória da direita, depois de duas décadas da esquerda no poder. Ele venceu por pouco mais de 2% o candidato governista e ex-presidente Eduardo Frei Ruiz (Concertación).
Piñeira venceu com 51,8% contra 48,1% de Frei. Antes, em 2005, o presidente eleito do Chile havia sido derrotado pela presidente Michelle Bachelet, da coligação Concertación, (de centro-esquerda). No entanto, nestas eleições, ele liderou as votações desde o primeiro turno.
Com o discurso de renovação e mudança, o empresário conquistou os votos dos mais favorecidos e também de insatisfeitos com 20 anos da esquerda no governo. Em um primeiro momento, Piñeira atraía os votos dos mais ricos do Chile, mas ganhou a simpatia popular ao defender a criação de 1 milhão de empregos.
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De acordo com a Revista Forbes, Piñeira teria patrimônio de mais de US$ 1 bilhão. Ele é apontado como um dos homens mais ricos do Chile. É sócio majoritário da empresa aérea internacional Lan Chile, dono da rede de televisão Chile Visión e do time de futebol Colo Colo.
Apesar de se apresentar como um conservador sem ligações com os militares, conta com o apoio da maioria deles, embora tenha feito campanha contra o prolongamento do mandato do ex-presidente Augusto Pinochet, em 1989. Para Piñeira, não deve haver punição para os colaboradores do regime militar.
No começo deste mês, Piñeira passou por um constrangimento. Ao participar da inauguração do Museu da Memória e dos Direitos Humanos – em homenagem às vítimas da ditadura chilena (1973-1990), ele foi pressionado por alguns dos presentes a se retirar do local.