Leia a transcrição de parte da conversa entre o lavrador Cícero Pedroso e o radialista Félix dos Santos sobre os assassinatos em Mariluz:
Cícero - Daí, agora até a coitada da mulher tá lá pro quarto, com medo...
Alonso - Tá tão pesado assim é?
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Cícero - É, é complicado. Porque quem mata a sangue-frio pode vim (sic) e acabar comigo aqui da noite pro dia, não pode?
Alonso - Será que fariam isso? O meu campo é outro, é agropecuária. Aqui ninguém mata ninguém na agropecuária. Eu, eu estranho. A gente já passou várias situações viajando Brasil afora, é tão estranho. Como é que tu envolve numa testemunha assim, sem você ter visto...
Cícero - Só que tem uma coisa. Presta atenção, não... presta atenção. Eles, como sabia (sic), como que eu era muito amigo do cara que matou os dois caras... Aí a mulher falou assim: não, tem uma pessoa que foi embora que pode provar que viu fulano de tal...
Alonso - Inventou o cara.
Cícero - Inventou.
Alonso - Você não viu nada?
Cícero - Eu não, eu tava inocente...
Alonso - Mas eu acho que você deveria ir no Fórum, não sei, e falar que você não viu nada, até pra...
Cícero - Não... já fui ontem.
Alonso - E falou já..
Cícero - Já, já, é... Por isso que eu fiquei com medo...
Alonso - Então agora não vai dar mais problema... Não se preocupe... E você não viu nada mesmo?
Cícero - Não.
Alonso - Mesmo se visse, ia falar, não ia falar, o que ia ganhar com isso...
Cícero - O que ia ganhar com isso...