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Veja quais são as denúncias contra vereador Custódio da Silva

Emerson Cervi - Folha do Paraná
03 nov 2000 às 12:11

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Em abril desse ano três ex-funcionários comissionados do vereador Custódio da Silva (PFL) fizeram uma denúncia pública de que eram obrigados a devolver parte de seus salários ao gabinete. Dos cerca de R$ 3 mil que eram depositados em suas contas bancárias pela Câmara, tinham que entregar ao vereador mais de R$ 2 mil todos os meses.

A partir dessa denúncia, a Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público abriu uma investigação e constatou que entre 1993 e 1999 era comum a prática de retenção entre 70% e 90% dos salários de funcionários comissionados do vereador. Nesse período, 25 pessoas ligadas a Custódio ocuparam cargos comissionados na Câmara Municipal.

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Essas denúncias geraram um ação civil pública por improbidade administrativa e uma ação penal por peculado contra o vereador. O Ministério Público quer a devolução dos valores à Câmara Municipal.

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Paralelo às ações do Ministério Público, a Câmara abriu um inquérito administrativo para investigar o caso. O processo foi arquivado por falta de provas.

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Outros quatro vereadores estão sendo investigados pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público pelo mesmo motivo. Antes de terminar o período de coleta de provas os promotores não divulgam os nomes dos investigados.


O Ministério Público solicitou o afastamento de Custódio da Câmara, mas o vereador pediu licença antes do requerimento ser votado. Com isso, o pedido de afastamento foi prejudicado. Custódio voltou à Câmara um mês depois e foi reeleito.


Os promotores recorreram ao Tribunal de Justiça para afastar Custódio da Silva da Câmara Municipal. O recurso ainda não foi julgado.

Durante as investigações de retenção de parte do salário dos funcionários, o Ministério Público descobriu uma fraude na destinação da verba de assistência a que o vereador tinha direito.


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