A privatização da Copel dominou os debates no primeiro dia dos trabalhos da Assembléia Legislativa após a volta do recesso parlamentar de julho. O presidente da Casa, Hermas Brandão (PTB), confirmou que a votação do projeto de iniciativa popular que impede a venda da estatal de energia deve ocorrer até o dia 15.
O projeto está sendo analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois de passar pela Comissão de Finanças, vai a plenário. O governo do Estado pretende levar a empresa a leilão em outubro.
O deputado Neivo Beraldin (PSDB) encaminhou, no 1º Cartório Cível, ação popular com pedido liminar para suspender a privatização. O deputado tucano alega que o governo descumpriu as leis 11.253/95 e 12.355/98 pois não informou o destino das aplicações dos recursos obtidos com a venda de ações da Copel.
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Beraldin justifica ainda a falta de publicidade na venda de ações da estatal, comercializadas depois de dezembro de 1998, porque segundo ele, não houve publicação em jornais de circulação estadual e nacional conforme determina a legislação.
Beraldin disse que encaminhou a ação em regime de urgência e que tem esperanças que a Justiça suspenda o leilão até que o governo dê as explicações devidas. "O governo vendeu ativos do Estado e não prestou contas à sociedade", afirmou. A medida também atende ao apelo popular, pois segundo o tucano, a maioria da sociedade paranaense é contra a venda da Copel.