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Venda de bebidas alcoólicas em feiras de Londrina é aprovada pela Câmara

Lucas Marcondes - Folha de Londrina
27 set 2023 às 16:54

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- Pedro Marconi/Grupo Folha
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Com o aval de 16 dos 19 vereadores e parecer contrário da Guarda Municipal, a Câmara Municipal de Londrina (CML) aprovou em primeira discussão a liberação da venda de bebidas alcoólicas em feiras livres da cidade. O projeto de lei (PL) 60/22 é assinado por Matheus Thum (PP) e outros cinco parlamentares – Beto Cambará (Pode), Chavão (Patriota), Deivid Wisley (Republicanos), Eduardo Tominaga (PSD) e Professora Flávia Cabral (PTB). A deliberação ocorreu na sessão da terça-feira (26).


Os votos contrários partiram de Ailton Nantes (PP) e Giovani Mattos (Pode). Lenir de Assis (PT) se absteve. “Apesar de eu não consumir bebida alcoólica, não quero tirar o direito de ninguém fazer o consumo ou a venda. Porém, quando conversei com amigos feirantes, a maior parcela foi contra, com medo de fugir do foco da feira ou atrapalhar o bom andamento”, justificou Mattos.

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Segundo Thum, no entanto, representantes do segmento ouviram consumidores durante a tramitação da matéria – também houve audiência pública sobre o tema em junho de 2022. “O projeto demorou para ser aprovado justamente porque a gente respeitou o pedido dos feirantes de suspensão do projeto por bastante tempo para eles poderem consultar os clientes.”

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“FOOD TRUCK PODE”

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Hoje em dia não há restrição para beber álcool nesses ambientes – exceto das 22h às 8h, como determina a lei municipal 12.744/18, conhecida como “Lei Seca” (instituída no primeiro mandato do prefeito Marcelo Belinati, do PP). A comercialização nas barracas, todavia, é proibida pelo Código de Posturas de Londrina.

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Ainda assim, já há quem esteja vendendo bebidas, mesmo às margens da legislação. A prática, conforme o vereador autor, tem gerado notificação e apreensão dos produtos “com frequência”. O PL “regulamenta e dá segurança para os feirantes”, defendeu ele. “O food truck pode, e não é um modelo de feira muito diferente, por exemplo, da feira da lua.”]


Além de equilibrar a concorrência com outros setores, o principal intuito do projeto de lei é fortalecer a produção artesanal, argumentou Thum. “Tem aqui vinícolas, alambiques que podem ser uma fonte de renda para muitas pessoas e têm que ser exploradas.”

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REGULAMENTAR VIA DECRETO


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A comercialização de produtos alcoólicos nas feiras para que o consumidor leve-os para casa não chega a dividir opiniões da mesma forma como ocorre com a ingestão das bebidas no próprio local. Esse ponto, aliás, motivou parecer contrário da Secretaria de Defesa Social – posição corroborada pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU).


A pasta responsável pela Guarda Municipal (GM) de Londrina sustentou em trecho da manifestação dada no final de 2022 que não pode “deixar de ressaltar a preocupação gerada pelo consumo de bebidas alcoólicas de forma indiscriminada em logradouros públicos, com aval do poder público concedido por meio da autorização de venda.”

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Entretanto, para o parlamentar proponente, houve uma interpretação equivocada do PL por parte da secretaria. “Ela se posicionou entendendo que era para o consumo. Consumo já é liberado. Foi um posicionamento errôneo da secretaria, até reconhecido pelo próprio secretário em uma conversa informal.”

O texto ainda terá votação em segundo turno. De acordo com Thum, com a iminente aprovação definitiva, o próximo passo será o Executivo normatizar via decreto os pormenores da liberação. “Primeiro a gente precisa fazer a regulamentação da venda para depois definir o tipo de produto e o tipo de feira que vai poder vender [...] A gente vai sentar com o presidente da CMTU [Marcelo Cortez], que é quem fiscaliza e regulamenta essa situação, e ver qual a forma da gente regulamentar a questão, por exemplo, de feiras voltadas ao consumo no local.”

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CE DA SANEPAR


Os três vereadores que fazem parte da Comissão Especial de Fiscalização terão mais 90 dias para concluir seus trabalhos. A CE começou a atuar no fim de fevereiro e tem como foco averiguar e pedir providências em relação a transtornos causados por obras e intervenções de terceirizadas da Sanepar. Agora o prazo termina em 18 de dezembro.


Em entrevista à FOLHA em agosto, o presidente do grupo, Chavão, avaliou que as reclamações, que “eram muito fortes no começo”, tiveram redução nos últimos meses. Porém, conforme ele, problemas como a constante falta d’água em determinados bairros e distritos de Londrina seguiam preocupando a comissão, que também tem Mestre Madureira (PP) na relatoria e Jessicão (PP) como membro.

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