O clima na Câmara de Vereadores de Curitiba é de especulação em torno das eleições para a nova mesa executiva, que estão marcadas para o dia 2 de janeiro. O atual presidente, João Cláudio Derosso (PFL), articula a criação de um "chapão", como ocorreu nas eleições na mesa executiva da Assembléia Legislativa. Segundo ele, a primeira secretaria poderia ficar com o PT. São sete cargos para a mesa da Câmara: presidente, primeiro e segundo vice e quatro secretários.
Se depender da oposição, porém, a chapa única pode não se concretizar. O vereador Tadeu Veneri (PT) disse que a bancada oposicionista vai lançar uma chapa própria, costurada entre seis membros do PT, dois do PDT e três do PMDB. O nome do líder da chapa ainda não está definido. "A esperança é a última que morre", afirmou Derosso. Ele disse que tem 26 votos favoráveis. "Vamos esperar para ver", disse Veneri.
De qualquer maneira, o prefeito Cassio Taniguchi terá que conviver com um legislativo diferente a partir do próximo ano. As últimas eleições, em outubro, aumentaram o número de vereadores da oposição, apesar do prefeito ainda ter a maioria. Dos 35, onze são da oposição, número que Veneri classificou como "um bom bloco".
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O vereador petista afirmou que a Câmara não podia mais ser "tão homogênea". "Esta legislatura será mais ideológica", emendou. O prefeito declarou ontem que vai intensificar o relacionamento com o legislativo. Ele aproveitou para fazer um apelo ao bloco de oposição, para que julgue as matérias conforme o assunto: "que sejam responsáveis e não votem sempre contra o governo". Sobre as eleições da mesa, Cassio disse que o atual presidente (João Cláudio Derosso) "está com a eleição praticamente assegurada".